SENTENÇA - DF vai recorrer da sentença que determina demolição do Condomínio RK
SENTENÇA - DF vai recorrer da sentença que determina demolição do Condomínio RK
Questionada
pela reportagem sobre a decisão emitida pelo TJDFT em 17 de novembro, a
Procuradoria-Geral do DF informou que o DF recorrerá de todos os termos da
sentença
A
sentença foi emitida em 17 de novembro
A
Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) informou que o DF vai recorrer de
todos os termos da sentença emitida em 17 de novembro pelo Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que determina a demolição de
todas as construções do Condomínio Rural Residencial RK, em Sobradinho. A
decisão da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário também
determina o pagamento de uma multa de mais de R$ 22 milhões.
A sentença
diz respeito a uma ação civil pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público do
Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) contra o condomínio, localizado no
Núcleo Rural de Sobradinho, e contra o Distrito Federal. Na ACP, o Ministério
Público questionou “o parcelamento ilegal do solo para fins de edificação
urbana (...) dentro da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu”.
De acordo
com a ação, entre outros argumentos, a Lei nº 6.766/79 “estabelece uma série de
requisitos urbanísticos e ambientais para a constituição de loteamento”, e
“nenhuma dessas providências foram adotadas em relação ao Condomínio
Residencial Rural RK, que foi implantado sem a observação de quaisquer normas”.
Além disso,
segundo o MPDFT, o estabelecimento está “situado em terras públicas,
pertencentes à Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap”, e, assim “não
poderia jamais cumprir com uma das exigências fundamentais para o registro
imobiliário: a apresentação do título de propriedade do imóvel”.
Em nota aos
condôminos, divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/11), o síndico do
local, Francisco Avelino de Assis, informa que o empreendimento trabalha para
“eliminar as barreiras” que impedem a regularização e procura “avançar nas
questões ambientais”. Também, considera decisões da sentença do juiz da
VMADUFDF “desproporcionais, absurdas e inconsistentes com os fatos e as
evidências apresentadas”.
Na sessão
Plenária da Câmara Legislativa, na quarta-feira (27/11), os distritais
criticaram a decisão judicial. O vice-presidente da CLDF, Ricardo Vale (PT),
disse que recebeu a decisão judicial com indignação.
"Resido
no condomínio há mais de 13 anos. A moradia é um direito social garantido pela
Constituição da República e não pode ser tratada da forma como aparece na
sentença", pontuou. "Depois de
tantos anos, não é justa uma decisão que, simplesmente, manda passar o trator
sobre nossas casas, como se não existíssemos", lamentou o distrital.
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Fonte: Letícia
Guedes/CB, Lara Perpétuo/CB , Foto: Correio Braziliense
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