CLDF/FIM DO RECESSO - Planos de ordenamento territorial e transporte devem ser prioridade na agenda da CLDF em 2025
Planos de ordenamento territorial e transporte devem ser prioridade na agenda da CLDF em 2025
Relação com GDF deve ‘equilibrar fiscalização do Executivo e construção de políticas’, explica vice-presidente da Casa
Ricardo Vale (PT-DF) aponta o que pode ser prioridade nas discussões
O recesso
legislativo da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) encerrou nesta
semana. Nesta terça-feira (4), ocorreu a primeira sessão ordinária de 2025 da
Casa. A reportagem, o vice-presidente da CLDF, deputado Ricardo Vale (PT),
avalia que a atualização do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e
do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) devem ser uma das prioridades da
Câmara para este novo ano.
O PDOT é o
principal instrumento do planejamento e da gestão urbana que define os
critérios para o desenvolvimento de atividades, estratégias de desenvolvimento
local, regularização fundiária e define áreas prioritárias para oferta
habitacional para os próximos dez anos. De 2009 (alterado em 2012 e 2019), o
plano continua vigente, apesar de que, por lei, deve ser renovado a cada 10
anos e com participação da sociedade civil.
O processo,
tardiamente iniciado em 2019 pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Urbano e Habitacional do DF (Seduh), parou durante a pandemia e foi retomado
junto às atividades presenciais com oficinas participativas organizadas em cada
uma das sete Unidades de Planejamento do DF (UPT).
A
expectativa é que o PDOT seja aprovado em 2025. A previsão é que, em abril, o
texto seja enviado para a deliberação do Conselho de Planejamento Territorial e
Urbano do Distrito Federal (Conplan), colegiado com função consultiva e
deliberativa de auxiliar a administração na formulação, análise, acompanhamento
e atualização das diretrizes e dos instrumentos de implementação da política
territorial e urbana. Depois disso, ele estará apto a ser analisado na CLDF.
Além do
PDOT, o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) também deve ser revisado. O
PDTU é um instrumento de planejamento que define políticas e estratégias que
serão tomadas com relação ao transporte e mobilidade urbana nas cidades.
O plano
fundamenta-se na articulação dos vários modos de transporte para atender às
exigências de deslocamento da população, buscando a eficiência geral do Sistema
de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPC/DF, primando pela
eficiência na prestação dos serviços, mediante rede de transporte integrada que
prioriza os meios coletivos e não motorizados (pedestres e ciclistas).
Segundo o
parlamentar Ricardo Vale, para além da atualização dos planos, a CLDF também
vai seguir com projetos voltados à proteção dos trabalhadores, ao
fortalecimento dos serviços públicos e à garantia de direitos. “Destaco ainda o
projeto Tarifa Zero Estudantil, de minha autoria, que pode ser beneficiado pela
revisão do PDTU. Esse projeto amplia o direito ao transporte gratuito para
estudantes, garantindo que nenhum jovem deixe de estudar por falta de condições
de locomoção”, explica.
O deputado
afirma que também vai reforçar a implementação de leis para combater a
violência de gênero e ampliar políticas de acolhimento e assistência às
mulheres.
Relação
com o GDF
Como de
costume a cada novo período legislativo, a sessão inaugural tem caráter solene
e contou com a presença da vice-governadora Celina Leão (PP), do presidente do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador
Waldir Leôncio, do procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur, e do
defensor público-geral do DF, Celestino Chupel.
O
vice-presidente da CLDF, o deputado Ricardo Vale (PT), fala sobre a relação da
Câmara com o Governo do Distrito Federal (GDF). Para ele, o papel da Casa é
garantir o equilíbrio entre a fiscalização das ações do Executivo e a
construção de políticas que beneficiem a população. “Sempre defendi um diálogo
respeitoso e produtivo com o GDF, pois isso é fundamental para avançarmos em
temas prioritários”, diz.
“O que não
podemos aceitar são retrocessos ou medidas que prejudiquem os trabalhadores e a
população mais vulnerável. Estaremos atentos e prontos para cobrar, propor e
mediar soluções que melhorem a vida no DF”, completa.
Nova mesa
diretora
No início de
janeiro, a CLDF também oficializou a nova composição da Mesa Diretora para
2025-2026. A partir de agora, a Casa terá uma segunda vice-presidência e uma
quarta secretaria. Além disso, foram criadas duas comissões: Direito das
Mulheres e Saúde.
A
recém-criada 2ª vice-presidência será ocupada pela deputada Paula Belmonte
(Cidadania). O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) permanece como 1º
secretário da CLDF e passou a integrar as comissões Saúde, Mulher e Educação,
onde prometeu atuar pelo “bem-estar das mulheres e a valorização da família”.
Roosevelt Vilela (PL) foi reconduzido à 2ª Secretária. A 3ª secretária da Casa
continuará sendo ocupada pelo deputado Martins Machado (Republicanos).
Segundo
Ricardo Vale, a nova composição da Mesa Diretora traz mais representatividade e
reforça a capacidade da CLDF de atuar de forma organizada e eficiente. Ele
destaca que a criação da 2ª vice-presidência e da quarta secretaria amplia a
estrutura de governança da Casa, permitindo uma melhor divisão de tarefas e um
atendimento mais ágil às demandas da população. “A ideia é fortalecer o papel
do Legislativo como interlocutor da sociedade e garantir que os projetos de
interesse público tenham o andamento necessário”, destaca.
Para o
biênio 2025-2025, também foram criadas duas comissões: Direito das Mulheres,
presidida pela deputada Doutora Jane (MDB), e Saúde, que é resultante do
desmembramento da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) e terá como
titular a deputada Dayse Amarílio (PSB). Com a mudança, quem assume a
presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) será o deputado Rogério Morro
da Cruz (PRD).
Fonte: Rafaela Ferreira - Brasil de Fato | Brasília (DF) / brasildefatodf.com.br/ Edição: Flávia Quirino, Foto: CLDF/Divulgação
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