Produtores rurais de Planaltina aprendem técnicas para aproveitar frutas e evitar desperdício
Produtores rurais de Planaltina aprendem técnicas para aproveitar frutas e evitar desperdício
Nas
aulas promovidas pela Emater-DF, é possível ter contato com produção de
compotas, doces e geleias; além do aproveitamento para consumo, produtos
manufaturados também podem garantir uma renda extra
No curso, os produtores rurais aprendem a
fazer compotas, geleias e doces cremosos, em massa e cristalizados
A
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) promoveu nesta
semana um curso de técnicas para aproveitamento de frutas para produtores do
Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina. O objetivo é ajudar a reduzir o
desperdício dos alimentos, oferecendo outras possibilidades para consumo e até
para a venda.
“É
uma forma de aproveitar as frutas, principalmente na época de safra, porque há
muita perda, sobretudo de manga, acerola e goiaba. Então, a gente ensina as
técnicas básicas para conservação para que eles [os produtores] possam
aproveitar melhor essas frutas nesses períodos. Eles conseguem incrementar a
alimentação da família e, quem sabe, ali no futuro, até vender algum produto
processado”, explicou Sandra Evangelista, economista doméstica e extensionista
da Emater.
No
conteúdo do curso estão técnicas de conservação caseira, como compotas, geleias
e doces cremosos, em massa e cristalizados. Os produtores também aprendem sobre
o processamento das frutas, os benefícios delas para a alimentação familiar e
boas práticas de fabricação — segurança alimentar e higienização do ambiente,
dos alimentos e dos manipuladores.
A
Emater-DF costuma promover cursos como esse em suas sedes. Mas também tem
levado as aulas para as comunidades, a fim de facilitar a vida dos produtores.
“A gente sempre tem pedidos para realização de curso em diversas comunidades.
Às vezes, as donas de casa, os produtores e os habitantes da região têm
dificuldade para ir para um local mais distante. Então, a gente pensou em
trazer o curso para comunidade para dar mais possibilidade para essas pessoas
que têm dificuldade”, apontou Sandra.
Guilherme
Pereira: “A Emater do DF é referência em outros estados, porque ela faz um
trabalho muito bom, muito importante para as famílias”
Os
participantes aprovaram a ação. “Eu sou recém-formado em agronomia. A gente
veio para cá há pouco tempo, e a fruticultura é uma área de que eu realmente
gosto muito, tenho interesse e pretendo produzir frutas. Por conta da variação
de preço [dos alimentos in natura], a gente busca outras formas de agregar mais
valor”, observou o produtor Guilherme Pereira, que ainda ressaltou a
importância da Emater.
“Desde
o início, quando você vai preparar a terra para plantar, eles têm um apoio.
Agora também estou conhecendo esse lado do beneficiamento dos produtos. Eles
têm uma importância muito grande aqui, e eu sei que a Emater do DF é referência
em outros estados, porque ela faz um trabalho muito bom, muito importante para
as famílias.”
Já
a produtora Helena Bazinga nasceu na Ilha da Madeira, em Portugal, mas vive há
quatro anos no Núcleo Rural Santos Dumont. Além da redução do desperdício e da
possibilidade de garantir uma renda extra com a venda dos produtos, ela citou
outros benefícios do curso: “São técnicas que se perderam. Os nossos avós
faziam, e isso se perdeu nas gerações. Aos poucos a gente vai recuperando.
Também é uma maneira de a gente conviver com nossos vizinhos e fazer uma coisa
que todo mundo gosta. Quem não gosta de doce?”
Com informações da Agência Brasília, Fotos Joel Rodrigues/Agência Brasília
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