Dengue: entenda o sorotipo 3 da doença e como prevenir
Dengue: entenda o sorotipo 3 da doença e como prevenir
Mesmo com queda nos casos, Secretaria de Saúde segue com vigilância ativa; prevenção e cuidados são essenciais contra a doença
A vacina
contra a dengue protege contra os quatro tipos de vírus e está disponível nas
Unidades Básicas de Saúde do DF para crianças de 10 a 14 anos. Foto:
Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF
A presença
do sorotipo 3 da dengue no Brasil alerta para a necessidade de vigilância
constante contra o Aedes aegypti. No Distrito Federal (DF), desde o começo
do ano até 25 de abril, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
identificou 23 casos do sorotipo 3. A maioria das ocorrências foram registradas
nas Regiões Administrativas (RAs) da Fercal, de Sobradinho, do Itapoã e
Paranoá. Ainda assim, neste ano, a quantidade total de casos de dengue no DF
ainda é menor do que no mesmo período de 2024, quando foram registradas 247 mil
ocorrências da doença. Já em 2025, foram 6,4 mil casos.
Os sintomas
do sorotipo 3 da doença são os mesmos dos outros tipos de vírus: febre, dor de
cabeça, prostração, dores musculares, nas articulações e atrás dos olhos. É
preciso ainda estar atento aos sinais de alarme da doença, como dor abdominal
intensa, vômitos e sangramentos. Em caso de suspeita, orienta-se buscar
atendimento médico imediatamente.
A gerente de
Vigilância das Doenças Transmissíveis (GVDT), Aline Duarte Folle, destaca que
existem quatro subtipos de vírus da dengue identificados, chamados de DENV-1,
DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma
predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos
sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente
associados a manifestações mais severas.
“A
preocupação com a introdução do subtipo viral DENV-3 no DF é devido a uma
provável ausência de imunidade a este subtipo na população da capital. Como
muitas pessoas contraíram dengue pelo DENV-2 em 2023 e 2024, a população está
mais imune a este tipo atualmente, no entanto, provavelmente não está ainda
imune ao DENV-3. Portanto, os tipos de vírus da doença em circulação são
constantemente monitorados”, reforça Folle.
Prevenção
A vacina
contra a dengue protege contra os quatro tipos de vírus e está
disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do DF para crianças
de 10 a 14 anos.
Diante dos
casos de DENV-3, a SES-DF começou a utilizar um novo inseticida como
estratégia complementar. O BRI-Aedes, utilizado dentro das residências, apenas
uma vez, possui eficácia de 90 dias e é capaz de eliminar os mosquitos adultos
que pousam nas superfícies onde foi aplicado o inseticida e repelir a entrada
de outros.
Do ponto de
vista epidemiológico, são priorizados os locais com histórico recente e ou
persistente de casos de arboviroses, alta concentração de população vulnerável
e áreas com elevado risco de transmissão.
Para manter
os números em queda e a população segura, o Governo do Distrito Federal (GDF)
reforçou as contratações e a capacidade de trabalho. O número de agentes de
vigilância ambiental (AVAs) passou de 415 para 915, enquanto o de agentes
comunitários de saúde (ACSs) saltou de 800 para 1,2 mil. Os auditores da
vigilância sanitária na linha de frente também aumentaram, de 81 para 131.
A pasta
dispõe ainda de tecnologias como o e-Visita DF Endemias que reúne
informações de forma mais rápida e moderna sobre o Aedes aegypti, além da
instalação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs).
A Secretaria
de Saúde também realiza mutirões para eliminar os focos do mosquito, em
parceria com as Administrações Regionais, Serviço de Limpeza Urbana do Distrito
Federal (SLU), Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do
Distrito (DF Legal) e Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).
No Distrito
Federal, desde o começo do ano, a Secretaria de Saúde identificou 23 casos de
DENV-3. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF
O
subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destaca que
a pasta segue vigilância ativa contra a dengue, mas que a luta contra o
mosquito exige a colaboração de todos para dar fim aos criadouros. “É
importante que cada pessoa faça sua parte para deixar a sua família e a sua
comunidade protegida. Evite o acúmulo de água em pneus, latas, vasos de plantas
e garrafas vazias, limpe regularmente a caixa d'água e a mantenha fechada, e
receba o agente de saúde em casa”, conclui.
Fonte: Agência Saúde DF
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