Entenda projeto aprovado pelo Congresso que obriga a realização de exame toxicológico para obtenção da CNH
Entenda projeto aprovado pelo Congresso que obriga a realização de exame toxicológico para obtenção da CNH
Proposta
segue para a sanção do presidente Lula. Exame será exigido de condutores das
categorias A e B que não atuam profissionalmente no transporte de passageiros
ou cargas.
A Câmara dos
Deputados finalizou nesta quinta-feira (29) a votação do projeto que obriga a
realização de exame toxicológico para motoristas de todas as categorias na
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O texto vai à sanção do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto já
havia passado pela Câmara, mas foi modificado no Senado e voltou para nova
análise pelos deputados.
Os
parlamentares aceitaram parte das mudanças feitas pelo Senado, entre elas a que
exige o exame toxicológico de condutores das categorias A (motos) e B (carros
de passeio) que não atuem profissionalmente no transporte de passageiros ou
cargas.
O
dispositivo foi incluído na proposta que destina recursos arrecadados com
multas de trânsito para custear a carteira de habilitação de pessoas de baixa
renda. Para estar habilitado a esse benefício, é preciso que o candidato esteja
inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico).
O texto-base
aprovado pelos senadores nesta quarta-feira (28) previa que os condutores das
categorias A e B que trabalhem como motoristas privados ou autônomos tenham
resultado negativo em exame toxicológico para terem suas carteiras de
habilitação renovadas. O trecho foi retirado pelos deputados nesta quinta.
Durante a
votação no plenário, os deputados aprovaram ainda um destaque – sugestão de
alteração no texto – que incluiu na proposta outro ajuste proposto pelos
senadores, mas que havia sido rejeitado pelo relator, deputado Alencar Santana
Braga (PT-SP).
A emenda
aprovada diz que a transferência de propriedade de veículos poderá ser
realizada integralmente por meio eletrônico pelo Detran ou pelos órgãos
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
"Essa
alteração, inicialmente, foi proposta pelo Senado; porém, do jeito que está,
gera insegurança. Lembremos que hoje muitos Estados já utilizam o sistema do
Governo para fazer a transferência eletrônica. Não é 100% ainda, mas é a
maioria deles, salvo engano, 24”, afirmou Santana.
Membro do
Conselho de Cibersegurança do Fórum Econômico Mundial e CEO da plataforma de
validação digital Epicentor, Humberto Luiz Ribeiro considera que a proposta
pode representar riscos em termos de segurança pública.
“Nenhum
sistema digital é infalível, e todos demandam vigilância permanente e
independente. Exemplo recente vem dos Estados Unidos, onde um ataque à CDK
(fornecedora de software) paralisou mais de 15 mil concessionárias de veículos
por semanas, com prejuízos diretos de mais de 9 bilhões de dólares",
disse.
"Se
isso aconteceu em um ambiente altamente resiliente e regulado, imagine o que
pode ocorrer com usuários no Brasil caso soluções digitais privadas surjam sem
o devido monitoramento cibernético e responsabilização jurídica?”, acrescentou
o especialista.
Fonte: Paloma Rodrigues, Luiz Felipe Barbiéri, Marcela Cunha, TV Globo e g1 — Brasília, Foto: Reprodução
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