Alunos de Sobradinho (DF) criam armadilhas para Aedes aegypti, app e jogos para preservar o Cerrado
Alunos de Sobradinho (DF) criam armadilhas para Aedes aegypti, app e jogos para preservar o Cerrado
Projetos de ciências de estudantes do DF
alertam para o aumento do desmatamento no Cerrado e exaltam a biodiversidade
desse bioma
Esse texto faz parte de uma série de reportagens produzidas a partir de
trabalhos premiados no 13º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do
Distrito Federal, uma ação da Secretaria de Educação do DF.
Entra verão, sai verão e lá está ela: a
dengue. Provavelmente, você já deve ter percebido que, quando chega a estação
mais quente do ano, aumentam os casos de doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti. Agora, você sabia que dá para monitorar a presença desse
mosquito na região onde moramos? Sim! Alunos do Centro Educacional (CED)
Professor Carlos Ramos Mota, da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de
Sobradinho (DF), fizeram isso na prática. Os resultados foram surpreendentes,
incluindo uma premiação na 13ª edição do Circuito de Ciências Escolas Públicas
do DF!
O projeto ‘Monitoramento de larvas de mosquito
Aedes aegypti em uma região rural do Distrito Federal’ foi desenvolvido por
alunos do 7° ano do ensino fundamental. A profa. Natália de Barros, que
orientou os alunos, conta ao Invivo que em 2024 houve um aumento de casos de
dengue no DF. De fato, o Brasil registrou um recorde histórico, quase 6,5
milhões de casos prováveis da doença. No DF, foram cerca de 280 mil casos
prováveis, um aumento de quase 600% em relação a 2023. A doença afetou vários
alunos e professores do CED Professor Carlos Ramos Mota. A situação alarmante
motivou a criação do projeto.
Após muita pesquisa, os alunos construíram
armadilhas com garrafas PET. Eles penduraram os equipamentos em áreas externas
de suas casas e na proximidade da escola nos bairros Lago Oeste e no Condomínio
Vila Basevi, região administrativa de Sobradinho II. Essas localidades rurais
do DF apresentam diferentes níveis de ocupação humana.
Os estudantes passaram então a monitorar as 39
armadilhas, contando as larvas a cada 15 dias e registrando os dados em um
formulário. Também trocavam a água e penduravam novamente as armadilhas.
A análise dos dados revelou uma incidência
maior de larvas de Aedes aegypti nas regiões próximas ao Condomínio Vila
Basevi. A região apresenta uma concentração maior de casas e de pessoas do que
a área do Lago Oeste.
A professora Nátalia conta ao Invivo que o
projeto permitiu que os alunos saíssem da rotina de sala de aula, o que
despertou interesse, favorecendo maior interação e engajamento. “Eu tive alunos
em que eu vi despertar o interesse pela ciência”, lembra, acrescentando que
muitos passaram a procurar situações no dia a dia que motivassem novas
pesquisas.
Confira aqui o texto na íntegra.
Esse texto integra uma série de reportagens
produzidas com base em trabalhos premiados no 13º Circuito de Ciências das
Escolas Públicas do Distrito Federal, uma iniciativa da Secretaria de Educação
do DF. O texto original foi elaborado por Tereza Costa do Museu da Vida.
Fonte: Fiocruz Brasília - 2 de julho de 2025
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