Maus-tratos - Comissão da CLDF denuncia clínica do Lago Oeste investigada por maus-tratos
Comissão da CLDF denuncia clínica do Lago Oeste investigada por maus-tratos
Ação da
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resultou na prisão de três
responsáveis pela clínica
Clinica
de recuperação Instituto Liberta-se no Lago Oeste pode sofrer interdição do DF
Legal. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
A Comissão
de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)
denunciou uma das unidades da Comunidade Terapêutica Liberte-se, no Lago Oeste,
ao Ministério Público e Defensoria Pública. Segundo a comissão, durante uma
inspeção realizada na última terça-feira (16/9), os internos relataram
maus-tratos, trabalho forçado, tortura e precariedade na alimentação. Três
responsáveis pela Liberte-se foram presos. A clínica leva o mesmo nome de outra
unidade, cuja sede pegou fogo em 31 de agosto e deixou cinco mortos e 11
feridos.
O presidente
da CDH, deputado distrital Fábio Félix (PSol), ressaltou que é necessária uma
investigação séria e rigorosa sobre a instituição do Lago Oeste. “Recebemos
diversas denúncias de violação de direitos humanos, como trabalho forçado,
indícios de tortura e maus-tratos, de violência sexual, cobranças excessivas,
falta de atendimento em saúde. A situação é grave, por isso tomamos
providências com o Ministério Público e a Defensoria Pública”, afirmou.
Em imagens
cedidas a reportagem, é possível ver que alguns locais da clínica apresentam
fiação exposta. De acordo com relatos de internos à comissão, apesar da
promessa de tratamento, a clínica não oferecia profissionais qualificados,
deixando os monitores receitarem medicações.
O espaço
possui capacidade para abrigar até 70 pessoas, entretanto, os internos
relataram que mais de 100 homens viviam no local. Ao final do dia, cerca de 60
pessoas foram encaminhadas à 35° DP de Sobradinho II para prestar depoimento, o
que resultou na prisão dos donos da clínica.
Maus-tratos
À Comissão
de Direitos Humanos, foi relatado uma rotina de violência física e psicológica
se os internos não seguissem as ordens que eram passadas. Apesar de prometer
visitas regulares a cada mês, alguns dos pacientes relataram que não possuem
contato com a família há meses.
Além dos
maus-tratos e abusos psicológicos, a precariedade da alimentação também foi
denunciada. Nos vídeos feitos pela comissão é possível ver uma mesa que
continha pratos apenas com arroz e batata doce cozida. Ao fundo, um dos
internos comenta que não era oferecido carne. “É arroz, arroz e arroz”, diz.
A reportagem
tenta contato com os responsáveis pela Comunidade Terapêutica Liberte-se. O
espaço segue aberto para manifestações
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Fonte: Luiz Fellipe Alves / Correio Braziliense
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