Programa ‘AVC no Quadrado’ descentraliza atendimento e amplia assistência no DF
Programa ‘AVC no Quadrado’ descentraliza atendimento e amplia assistência no DF
Iniciativa
do GDF, lançada em maio, já resultou em mais de 90 atendimentos especializados
nos hospitais regionais de Sobradinho e do Gama, agilizando o tratamento de
pacientes
O programa
“AVC no Quadrado”, implementado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em maio,
já apresenta resultados positivos na descentralização do atendimento a
pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Entre junho e setembro, os
hospitais regionais de Sobradinho (HRS) e do Gama (HRG) realizaram mais de 90
atendimentos especializados, que antes eram direcionados exclusivamente ao
Hospital de Base (HBDF).
Atendimento
ágil e integrado
A iniciativa
da Secretaria de Saúde (SES-DF) visa otimizar os fluxos de encaminhamento e
garantir que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível, no primeiro
local de atendimento do paciente. Para isso, o programa utiliza uma plataforma
de telemedicina que conecta as equipes dos hospitais regionais a neurologistas
do HBDF, que ficam de plantão 24 horas por dia.
A
secretária-executiva de Assistência à Saúde da SES-DF, Edna Marques, explicou
que a estratégia é ampliar a capacidade de resposta da rede. “Fizemos a
descentralização da trombólise endovenosa para o HRS e HRG e introduzimos a
trombectomia mecânica no Hospital de Base. O projeto também utiliza
telemedicina para conectar hospitais e neurologistas, garantindo atendimento
rápido e reduzindo sequelas”.
Corrida
contra o tempo
A agilidade
no atendimento é crucial para evitar sequelas graves. A Referência Técnica
Distrital (RTD) em Neurologia, Letícia Rebello, que também coordena o projeto,
ressalta que o AVC é uma condição tempo-dependente.
“Assim como
o infarto, o AVC é uma doença tempo-dependente. A cada minuto, depois do início
dos sintomas, são quase dois milhões de neurônios perdidos”, detalha a
especialista. “A gente tem sempre que buscar maneiras para reduzir ao máximo
possível o tempo de início do tratamento”, justifica Rebello.
A integração
com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e com o Corpo de
Bombeiros Militar (CBMDF), além da capacitação das equipes multiprofissionais,
tem sido fundamental para o sucesso do programa. Em agosto, no Hospital
Regional do Gama, dos 16 atendimentos realizados, sete resultaram na aplicação
do tratamento de trombólise endovenosa, que dissolve os coágulos e previne
complicações.
Por Kleber Karpov/ politicadistrital.com.br
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