Sessão Solene - Você é do rock? CLDF celebra gênero em sessão solene
Você é do rock? CLDF celebra gênero em sessão solene
O evento teve origem em requerimento apresentado
pelo deputado Ricardo Vale
Foto:
Divulgação/Gab. Ricardo Vale
Qual sua
música preferida? Com certeza, ao ler essa pergunta, já se lembrou de acordes e
letras que marcaram sua trajetória e deixaram marcas profundas na memória. Se
você é do rock ou ou de qualquer outro gênero musical, vale saber que a Câmara
Legislativa realizou sessão solene, nesta sexta-feira (3), para celebrar a
cultura do rock no Distrito Federal.
O evento teve origem em requerimento apresentado
pelo deputado Ricardo Vale (PT). O vice-presidente da CLDF lembra que Brasília
foi berço de várias bandas notáveis como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe
Rude e Raimundos, que contribuíram para tornar a cidade uma referência
cultural. Vale diz que “a celebração da Cultura do Rock no Distrito Federal é
uma forma de reconhecimento à contribuição de músicos, compositores,
produtores, jornalistas culturais e fãs que, ao longo de décadas, ajudaram a
formar a identidade cultural da cidade”.
Participaram do evento músicos, empresários,
produtores culturais, bandas e outros membros da comunidade roqueira. Ricardo
Vale, que vestia uma camiseta em homenagem ao estilo musical, começou dizendo
da felicidade por reunir todo o segmento do rock brasiliense. Falou ainda da
importância econômica e cultural da música.
Foto: Divulgação/Gab.
Ricardo Vale
“Gosto muito de rock. Eu e toda minha família. Abrir essa Casa para esse
segmento tão importante que gera cultura, alegria e emprego para muita gente é
motivo de alegria. Já no primeiro mandato, em 2017, nós tombamos o rock
brasiliense como patrimônio cultural e imaterial do Distrito Federal [PL nº
567/2015 e lei nº 5.615/2016], justamente para não deixar [cair no
esquecimento] todo esse legado que o rock do DF deixou para o país e para o
mundo com as bandas dos anos 80”, declarou Vale.
Ricardo lembrou ainda que apresentou o PL nº
523/2023, transformado na lei nº 7386/2024 para instituir o dia do rock.
“Assumimos esse compromisso de fomentar o setor. Mais recentemente criamos o
dia do rock justamente no dia de aniversário do Renato Russo, também com esse
espírito de continuar fomentando. Agora estamos na luta para criar o memorial
do rock no DF”, destacou Vale.
Ele ainda reforçou que é preciso investir mais na
área. “Nosso mandato trabalha muito para todas as manifestações culturais
porque cultura é investimento, cada centavo gera entretenimento, emprego e
renda”, enfatizou Ricardo Vale.
Por fim, o distrital registrou outro projeto de lei
que apresentou. “Está tramitando aqui um projeto que obriga todas as rádios do
DF, principalmente as públicas, a passar as músicas de bandas autorais do DF”,
disse Ricardo, se referindo ao PL nº 1.030/2024.
Foto: Divulgação/Gab.
Ricardo Vale
Já o presidente do Instituto Latinoamérica e
coordenador geral do Fest Rock Brasília, Atanagildo Brandolt, falou sobre a
importância econômica.
“A cultura gera emprego e muita renda. Tem dados da
Fundação Getúlio Vargas mostrando que a economia da cultura no PIB é maior do
que a da indústria automotiva porque junta vários setores e movimenta a cadeia
completa. Lamentavelmente, não temos uma política de Estado para a cultura e
sim uma política de governo. A cultura sempre tem a dificuldade de
financiamento. Este é o nosso calcanhar de Aquiles”, afiançou Brandolt.
Felipe Seabra, vocalista e fundador da banda Plebe
Rude, disse que o rock vai bem, mas precisa de mais espaço. “Eu que viajo o
Brasil, vejo que o rock vai muito bem, mas infelizmente não tem muito espaço.
Mesmo assim, as bandas daqui continuam em atividade, Capital Inicial, Plebe
Rude e Legião, por exemplo. Meu filho vai fazer 14 anos e, depois que ele
nasceu, minha preocupação passou a ser ajudar a cultura brasileira a não
atrofiar do jeito que eu estou vendo. Agora [como parte dessa luta] estamos
muito próximos de conseguir o memorial do rock, num espaço com 7 mil metros
quadrados, dedicados à história do rock brasileiro. A cultura tem que ter um
propósito e o rock é o melhor veículo para isso”, contou o roqueiro.
João Mancha, baterista, neurocientista, fundador do
projeto Convergência Social e diretor presidente do setorial Cultura Rock disse
que o rock é uma ferramenta de transformação social. “A gente acredita que o
rock é transformação social. Hoje a gente diz que o rock é economia, saúde e
patrimônio. Então, a gente tem que ter esse olhar integrado e estratégico para
promover políticas públicas que amparem a cadeia produtiva e honrem o rock como
patrimônio”, defendeu Mancha.
Por sua vez, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF)
registrou que a música é instrumento de resistência. “A cultura é sempre
símbolo de muita resistência. Desde a resistência pelos tambores, birimbaus e
guitarras, até os baixos e as baterias, que também representam muita
resistência nesse país. O rock aqui de Brasília nos mostra isso. Ele faz parte
das nossas histórias e não apenas da história da cidade. Por isso, o rock
representa tanto aqui”, asseverou a deputada federal.
Foto: Divulgação/Gab.
Ricardo Vale
O coordenador geral do festival Porão do Rock,
Gustavo Sá, lembrou que “o rock no Brasil inteiro foi desmontado junto com a
estrutura das grandes gravadoras e devido à chegada da internet e dos
streamings, já que todas as vezes que tem uma crise no Brasil, o rock é o
primeiro a rodar, as pessoas não botam grana”. Ele também contou um pouco sobre
o festival. “A gente tem uma história maravilhosa, com mais de dois mil shows,
e sempre privilegiando os artistas de Brasília. Todos os anos, metade dos
artistas do festival é da cidade assim como quase todos os equipamentos. A
gente sempre valorizou os fornecedores daqui”, chamou atenção Gustavo.
Por seu lado, a cantora Célia Porto contou que “a
questão da memória do rock é muito importante e que Brasília ainda continua com
o incentivo [para as bandas novas]”.
Já a produtora cultural e sócia da Capital do Rock
Produções, Táta Cavalcanti, contou sobre o trabalho atual da empresa. “Estamos
fazendo a produção do Festirock Brasília, que fomenta o rock autoral. É uma
coisa maravilhosa porque o rock de Brasília está na memória e história da
cultura da cidade. A história do rock de Brasília é muito forte para todo o
Brasil e agora nosso trabalho dá oportunidade a novos artistas”, falou a
produtora.
Geldo Volverini, produtor cultural, professor,
diretor do Instituto Fórum do Rock e do setorial Cultura Rock, destacou que
“dentro da cultura do rock tem uma resistência quando se fala de política, mas
o rock nasceu político dentro de suas entranhas e, em Brasília, a gente
vivencia isso diariamente”. Volverini completou falando sobre a importância das
políticas públicas. “A gente percebeu que era preciso criar uma política
especial para a cultura do rock porque a gente está intimamente ligado com a
economia dessa cidade”, enfatizou Geldo.
Ao fim da solenidade, foram entregues moções de
louvor por ocasião da celebração da cultura do rock no Distrito Federal.
Fonte: Francisco Espínola - Agência CLDF










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