Moradores do DF são condenados por cuidar de gatos de rua, mas nova lei pode mudar tudo
Moradores do DF são condenados por cuidar de gatos de rua, mas nova lei pode mudar tudo
Por Willian
Solidariedade que virou alvo de disputa
Em Sobradinho, no Distrito Federal, uma atitude movida por compaixão acabou se transformando em um conflito judicial. Cinco moradores foram condenados por “perturbação” após alimentarem e cuidarem de gatos abandonados nas áreas comuns dos condomínios onde moravam. O gesto, que começou com a intenção de proteger animais em situação de rua, acabou dividindo opiniões e mobilizando até a Câmara Legislativa do DF.
Quando o cuidado virou caso de Justiça
Nos condomínios Mansões Colorado e Morada dos
Nobres, grupos de moradores se uniram para alimentar, castrar e tentar
encontrar lares para gatos que viviam nas redondezas. O movimento, no entanto,
gerou incômodo em parte dos vizinhos, que alegaram aumento do número de
felinos, mau cheiro, barulho e sujeira.
Uma das envolvidas, a servidora pública Priscyla
Dias, contou que o objetivo sempre foi reduzir a população de gatos de
forma responsável, com castrações e cuidados veterinários. Mas, em vez de
apoio, ela e outras protetoras enfrentaram resistência. “O condomínio não
apoiou o projeto. E aí começaram os problemas”, relatou.
Decisões judiciais e proibições
O caso chegou à Justiça em 2022. Na sentença, a
juíza Clarissa Braga Mendes, da 2ª Vara Cível de Sobradinho,
entendeu que as moradoras, ao atrair os animais, se tornaram responsáveis pelos
prejuízos causados nos condomínios. Priscyla foi condenada a pagar R$
4.947 por danos morais, além de R$ 3 mil a cada morador que
ingressou com a ação.
Em outro processo semelhante, no condomínio Morada
dos Nobres, a mesma juíza determinou que as moradoras parassem imediatamente de
alimentar ou abrigar gatos nas áreas comuns e jardins compartilhados. Ainda
cabe recurso em ambos os casos.
Projeto de lei pode mudar o cenário
Enquanto as cuidadoras enfrentam as consequências
na Justiça, o tema chegou à Câmara Legislativa do Distrito Federal
(CLDF). Os deputados aprovaram o Projeto de Lei nº 1045/2024,
que proíbe condomínios de impedir que moradores cuidem de animais comunitários
— aqueles que vivem em áreas comuns, mas recebem atenção de voluntários.
De autoria do deputado Ricardo Vale (PT), o texto segue para
sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB). Segundo o parlamentar, a
proposta busca proteger os animais e evitar punições a quem age por
empatia. “Muitas administrações criam obstáculos e constrangem pessoas que
apenas tentam cuidar dos bichos. Esse projeto é um passo para coibir esses
abusos”, destacou.
Entre
o amor e a lei
Enquanto aguardam a decisão final sobre o projeto,
as cuidadoras continuam defendendo que o cuidado com os animais de rua é uma
forma de responsabilidade social. Para elas, os gatos não são um problema, mas
vítimas do abandono humano.
A história levanta um debate necessário: até onde
vai o limite entre a convivência comunitária e o dever de proteger seres
indefesos?
Uma
reflexão necessária
Cuidar de um animal abandonado é um gesto de amor,
mas também um ato de coragem em meio a regras e julgamentos. A discussão no DF
mostra que a sociedade ainda busca equilíbrio entre o bem-estar coletivo e o
respeito à vida animal.
💛 Compartilhe esta história para inspirar
mais pessoas a olhar com compaixão para os animais que vivem nas ruas.
Quem sabe o seu gesto também possa transformar vidas — humanas e felinas.
Esta
reportagem foi inspirada em informações publicadas originalmente pelo portal G1, com texto adaptado e reescrito em formato autoral.
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