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EDUCAÇÃO: Regina Vinhaes - Secretária de Educação e o desafio na volta às aulas


Há um mês no comando da Secretaria de Educação do Distrito Federal, a pedagoga Regina Vinhaes Gracindo enfrenta nesta quinta-feira (10/02) um de seus maiores desafios como dirigente da pasta: garantir o início do ano letivo com escolas e professores suficientes para atender toda rede pública de ensino. Os últimos ajustes devem se estender durante essa semana, quando a secretária promete dar prosseguimento à convocação de professores temporários, iniciada nos últimos dias. Ao todo, cerca de 2,6 mil docentes, selecionados por meio de concurso público, devem ser chamados.

A fim de garantir condições para que os alunos retornem às escolas, na última semana a Secretaria firmou contrato com as cinco empresas que prestarão o serviço de transporte escolar no DF. Um investimento de R$ 664 mil por mês — o que representa uma economia de 50% em relação ao valor gasto pelo governo anterior, quando o serviço foi prestado via contrato emergencial. Regina afirma ainda que, para garantir a merenda nas escolas, foi contratado um reforço de 1,5 mil cozinheiros por meio de duas empresas terceirizadas.

Com relação ao deficit de quase 3 mil professores na rede, ela assume que existem vagas no quadro da Secretaria para a contratação de profissionais, mas que não é possível fazer nomeações imediatas por não haver previsão na lei orçamentária do DF para o contingente extra. “Se fizéssemos, isso seria ilegal. Vamos tentar um diálogo na Câmara Legislativa para avaliar o que é possível ser feito em termos de orçamento, mas sem promessas”, pondera. Regina Vinhaes considera que o desentendimento em relação a um aviso publicado no site da pasta — que anunciou a possível contratação de 1,5 mil professores, quando na verdade apenas as 400 vagas abertas pelo edital do concurso seriam preenchidas — abalou sua relação com os professores nesse início de governo. “Foi um erro que não poderia ter acontecido, tenho consciência disso”, avalia a secretária, reafirmando que a expectativa é que, com a volta às aulas, o mal-estar seja superado.

Para receber os alunos no início do ano letivo, a Secretaria de Educação fez uma operação de emergência na estrutura de 300 escolas do DF. Outras 12, condenadas pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) no ano passado, já começam a passar por uma ampla reforma. “Os alunos dessas escolas serão remanejados. Em Planaltina, por exemplo, vamos arranjar ambientes privados, alugando espaços para que os alunos iniciem o ano em sala de aula”, afirmou. O aluguel de locais privados foi a alternativa encontrada pela secretaria para suprir um deficit de cerca de 50 salas de aula em todo o DF.

"Conseguimos contratar os 400 professores previstos no edital. Foi uma atitude audaciosa do governador, dada a carência da rede, chamar todos de uma única vez. Mas a nossa demanda hoje é de 3 mil docentes. Para procurar resolver o problema, estamos chamando aproximadamente 2,6 mil temporários. A maior parte deles, cerca de 2 mil, serão lotados em vagas temporárias, já o restante ocupará cargos de vagas definitivas. Gostaríamos de não precisar colocar nenhum professor temporário em vaga definitiva, mas os 400 novos profissionais do quadro não cobrem as necessidades dessas vagas".afirmou a Secretária de Educação - Regina Vinhaes em entrevista concedida para o Correio Braziliense publicada neste domingo 6 de janeiro de 2011 .

fonte correio braziliense texto e foto

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