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Projeto Pé na Quadra tira crianças das ruas de Sobradinho II


















Foto: Divulgação / SOCIAL

Ao todo, 200 crianças pobres da cidade apostam o futuro no professor de futebol de salão: o Grande, como é conhecido Daniel. Ele ensina muito mais que a simples prática de um esporte.

A rotina de Fernanda e Keven é a mesma: segundas, quartas e sextas, pela manhã, os irmãos seguem a pé para o Ginásio de Esportes de Sobradinho II, para a aula de futebol de salão. Na porta são recebidos pelo professor. Outros alunos chegam atrás.

Daniel é o professor e comanda a turma. Foi ele quem criou o projeto Pé na Quadra, assim que se aposentou, e já são sete anos. Hoje, quase 200 crianças aprendem futebol no horário em que estão fora da escola. “Melhor do que ficar na rua. Aqui nós aprendemos mais”, diz uma aluna.

Todos são de famílias pobres. Alan chegou no início do projeto. Ele foi da primeira turma. “Logo que entrei aqui, eu não era tão bom. Agora, já estou bem melhor”, lembra Alan Justiniano, de 11 anos.

A Administração de Sobradinho cede apenas o ginásio. O professor Daniel toca tudo sozinho. Tira dinheiro do próprio bolso quando precisa. Para comprar uniforme, bola e rede ele conta com a ajuda de comerciantes e cada aluno vem como pode. “Venho de chinelo porque não tenho tênis pra jogar”, conta Rafael Soares da Silva, de 12 anos.

E foi a falta de dinheiro que adiou o sonho de Lucas: se tornar um profissional. Ele passou em um teste no Clube da Saúde do DF, mas... “Meu sonho é ser jogador de futebol, só que agora não deu. Passei no teste, mas não tive como ficar lá porque eles não me deram vale-transporte. Então, venho treinar todo dia aqui com o Grande. Não perdi a esperança”, diz Lucas Erick Pereira, de 11 anos.

Motivação entre os alunos é o que não falta. Daniel tenta sempre ajudar as crianças a não desistir dos sonhos, mesmo que não sejam do esporte. “A satisfação que a gente tem é ver esses meninos serem um dia um homem. Eles que são minha fortaleza e enquanto eu ainda conseguir fazer alguma coisa por eles, que são meus parceiros, não vou parar”, afirma o professor e voluntário Daniel Gomes da Silva.

Serviço

Quem quiser ajudar o projeto Pé na Quadra, de Sobradinho II, pode entrar em contato pelo telefone 3485-4406.

Maria Fernanda / Luis Ródnei

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