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MEIO AMBIENTE: Em reunião realizada ontem, ambientalistas e comunidade puderam apresentar sugestões para implementação do Parque Canela de Ema





*Gizele Chaves

Em 1997, a Lei 1.400 instituiu a criação do Parque Recreativo e Ecológico Canela de Ema. Mas o que deveria ser um sonho, em termos de qualidade de vida para os moradores de Sobradinho e Sobradinho II, se tornou um pesadelo. Poluído e Subutilizado, o que era para ser um parque ecológico se transformou em uma área abandonada, que serve como depósito de entulhos e lixo de toda espécie.

Desde que assumiu a Administração Regional de Sobradinho, Maria América Hamú manifestou preocupação quanto ao destino do Canela de Ema. Desde então, têm sido muitas as reuniões com os diversos setores competentes do governo, ambientalistas e sociedade para discutir os rumos do Parque. Ontem (07/07), na Paróquia São José Esposo de Maria, em Sobradinho II, moradores das duas regiões administrativas foram convidados a debater propostas para a efetiva implementação do Canela de Ema.

Maria América apresentou, aos participantes, um projeto idealizado pela equipe técnica da Administração Regional. A proposta objetiva transformar o Canela de Ema em um espaço para lazer das famílias, atividades culturais, prática esportiva, educação ecológica e, sobretudo, área de preservação ambiental. “Nós temos o dever de assegurar o cumprimento da Lei, que define que o Canela de Ema se destina à proteção e manejo adequado dos recursos naturais, bem como ao lazer comunitário e à cultura”, esclareceu a administradora de Sobradinho.

Ambientalistas, movimento estudantil, grupo de escoteiros e moradores de Sobradinho e Sobradinho II compareceram à reunião e puderam manifestar suas ideias para o Parque. Já estão destinados 2 milhões para a implementação do Canela de Ema. Necessidade de proteção e cercamento do local, despoluição da lagoa, retirada de lixo e entulho, criação de uma biblioteca comunitária, de um espaço multicultural, de uma área poliesportiva e a viabilização de áreas para caminhada foram algumas das demandas apontadas pelos presentes.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Sedhab) vai lançar um concurso para escolha do melhor projeto para o Canela de Ema. As propostas levantadas ontem vão integrar um documento que a Administração Regional vai enviar à Sedhab. Essas sugestões vão orientar as diretrizes do concurso, porque representam os anseios da população no que diz respeito à implementação e utilização do Parque. Pois, como expressa a Lei 1.400/97, o Canela de Ema é um bem destinado ao uso comum do povo, portanto deve ter a cara que a população deseja.

Por Gizele Chaves (texto e fotos)

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