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SAÚDE: CAPS-AD realiza trabalho de inserção social, em Sobradinho

‘Tratamento busca a cura e a reconquista da autoestima junto à comunidade’

Há seis anos o Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas, localizado na AR 17, Chácara 14, Área Especial, em Sobradinho II vem promovendo um trabalho de recuperação e integração familiar e na sociedade, de pessoas dependentes de bebidas e outras substâncias químicas, nas duas cidades e de localidades da Região Norte do DF, que buscam a unidade para se livrar do vício. Criado em 2006 foi o segundo CAPS inaugurado em Brasília com o objetivo de oferecer tratamento para pessoas envolvidas com drogas.

No CAPS de Sobradinho II atua uma equipe multiprofissional composta por quatro Psicólogos, dois médicos, nas especialidades de Psiquiatria e Clínica Médica, dois assistentes sociais, um profissional de enfermagem, um terapeuta e dois técnicos de enfermagem. “Dispomos de uma equipe de acolhimento que recebe o paciente pela primeira vez e faz uma avaliação da pessoa junto com a família e já são referenciados em alguns grupos complementares e sai com marcação individual no cartão, para o início do tratamento”, explica o psicólogo Luiz Felipe Castello Branco da Silva, gerente da unidade.

Castello Branco informa que a pré-avaliação separa os casos mais graves e aqueles com menor gravidade, para direcionar a terapia. O Centro não faz internações, o tratamento envolve várias formas de atividades. Atendimento individual e grupal e para os familiares são oferecidas oficinas terapêuticas, terapia ocupacional, tratamento psicológico, social e consultas médicas para melhorar a qualidade de vida. Todas essas atividades são aplicadas de acordo com as necessidades de cada paciente, dentro do chamado Plano Terapêutico Individualizado, PTI.

Segundo o Gerente há pacientes em tratamento de vários tipos de dependência, mas a maior incidência está ligada ao uso do álcool e maconha. O tratamento segundo ele é relativo, pode durar de seis a um ano. Divide-se em etapas, os casos mais graves são prescritos medicamentos para diminuir a síndrome de abstinência, como tremores, insônia e dores no corpo. Outra etapa que acontece simultaneamente é o procedimento de psicoterapia, individual, grupal e com a família. Já a fase seguinte, quando o tratamento evoluiu, acontece a estratégia de prevenção à recaídas, as habilidades sociais e a inserção social, que é pensada desde o primeiro momento, no início do tratamento e coloca se em prática os projetos de vida.

O CAPS-AD de Sobradinho II funciona com agenda aberta, de segunda a sexta-feira, no horário de 7h00 às 18h00. Como não trabalha com internação, Luiz Felipe informa que quando surgem casos que requer o procedimento, a unidade de referência para desintoxicação é o Hospital Geral. Ele explica que a Direção de Saúde Mental do DF está pactuando com hospitais como o de Santa Maria e o próprio HRS para disponibilizar leitos e atendimento para esses pacientes. Quando surge algum caso de internação, é solicitado o apoio dos Bombeiros, SAMU ou da Regional e o paciente acompanhado por um profissional do CAPS é removido para a unidade de referência.

A médica Joana D’Arc da Silva, diretora da Regional de Saúde de Sobradinho foi conferir nesta manhã de segunda (30), o funcionamento do Centro de Atenção Psicossocial de Sobradinho II e discutir com a Direção do CAPS uma possível reforma na unidade para melhorar as condições de trabalho dos servidores e o conforto dos usuários.

Sobre situação da saúde mental na cidade serrana, ela comentou: “A cobertura da saúde mental no DF, em relação ao País é muito baixa, de apenas 13%, mas estamos com um projeto audacioso, a construção de um novo CAPS álcool e drogas, no Complexo de Saúde, aqui em Sobradinho II, com estrutura adequada e dentro da legislação da RBC”. D’Arc informa que a terraplenagem do terreno já está sendo feito e as obras devem se iniciar em breve.

A Diretora de Saúde anunciou ainda a implantação do CAPS-I, Centro de Atenção Psicossocial Infantil, em Sobradinho I, previsto para começar a funcionar em três meses, na casa da administração local, cedido pelo atual administrador da cidade. Após a construção do CAPS, no complexo de saúde de Sobradinho II, a Direção do HRS planeja transformar o atual CAPS-AD da AR 17, em CAPS de transtorno ou Residência Terapêutica.

Por Antônio Caetano – SES/DF.

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