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JOGO DA VIDA


O que ganhei e o que perdi,
Quem sabe nunca mais veja aquela foto ao teu lado,
Quem sabe o som da sua voz dessa vez se perdeu de vez,
Perdi mais do que poderia,

Deixei que sua porta se fechasse,
E nem de uma pequena fresta vejo o teu sorriso,
Sinto a insônia cada dia mais forte,
Enquanto eu, cada dia mais menino,

Me faço e disfarço,
O tempo que passa sem segredos,
E assim não tenho mais pressa em secar minhas lagrimas,
Sei que a dor que lhe causei é toda minha,

O que ganhei?
Além de uma foto solitária,
De uma música sem acordes, sem melodia,
Uma poesia triste, sem nenhuma alegria,

Aquela porta que se fechou,
Levou o seu sorriso,
Mas deixou o cheiro do teu perfume,
O calor do teu corpo ainda preso ao meu,

E o tempo ainda passa depressa,
Nossas promessas caíram no esquecimento
Jurava que envelheceria ao meu lado,
Nossa cama agora me trás o mesmo vazio de antes,
E o nosso amor que era cheio de vida e de poesia
Deixou de ser tudo que importava,
Não deixou nem mesmo um sorriso frio,
Nem o seu endereço para que possa ir buscá-la

Mesmo que meu coração grite teu nome,
Aquela porta que se fechou com pressa,
Deixou tudo que sentia de um lado,
Do lado de quem ganhou, o que ficou?

Por Daniel Atta, Advogado, Escritor, Poeta e colaborador do Jornal de Sobradinho

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