Mais Médicos completa dois anos no DF
Com o
reforço de profissionais, equipes da Estratégia Saúde da Família cresceram 80%
Avanços importantes marcam os dois anos, completados nesta
quinta-feira (9), da adesão do Distrito Federal ao Programa de Provisão de
Médicos, conhecido popularmente como Mais Médicos. Atualmente, 108
profissionais (59 cubanos e 49 brasileiros) fortalecem a atenção primária
atuando em equipes Estratégia Saúde da Família (ESF). Desde a adesão do
programa, em 2013, houve um crescimento de 80% no número de equipes, que hoje
somam 242.
De acordo
com a coordenadora do programa na Secretaria de Saúde, Cleunici Godois, no
primeiro ano de adesão ao Mais Médicos o Ministério da Saúde enviou 60
profissionais para atuar no Distrito Federal. Em 2014, o quantitativo aumentou
para 70 e, em 2015, subiu para 108. A coordenadora esclarece que os profissionais
são enviados especificadamente para atuar como médicos da família.
As equipes
são compostas por um médico, um enfermeiro, um técnico e cinco agentes
comunitário de saúde, que são responsáveis por uma área de cerca de 3 mil
habitantes. Os cuidados são voltados para a prevenção de doenças e tratamento
de cormobidades como diabetes, hipertensão, obesidades e outros diagnósticos
que devem ser acompanhados pela atenção primária.
“Foi de
grande relevância para o Distrito Federal receber esses profissionais. Se não
tivéssemos aderido ao programa, seriam 108 equipes a menos para atuar com foco
em regiões mais vulneráveis e periféricas, onde era muito difícil alocar
profissionais para assistir a comunidade”, destacou Godois.
Segundo ela,
em alguns lugares, principalmente em áreas rurais, não havia médico atendendo
há aproximadamente dois anos. “Agora, nós temos profissionais nesses lugares.
Isso é um avanço, porque eles têm que trabalhar nos locais para onde o
designamos”, relatou.
As equipes
da ESF usam como ponto de apoio as unidades básicas, onde é possível realizar
consultas e atender demandas espontâneas. Além disso, o grupo também se desloca
até as comunidades, quando há pacientes acamados ou em casos necessários para
realizar, por exemplo, a vacinação.
A meta é que
as equipes resolvam 80% dos problemas das comunidades e enviem para as unidades
de alta complexidade apenas os casos que precisam de profissionais
especializados.
CUBANOS – Ao
contrário do que muitos pensam, os médicos brasileiros têm preferência em
ocupar as vagas do programa Mais Médicos. Os primeiros da lista são aqueles com
nacionalidade brasileira com formação em universidades do país. Em segundo
lugar, estão os brasileiros que se formaram no exterior e, por último, quando
as vagas não são preenchidas, os médicos estrangeiros entram no certamente.
Para a
coordenadora, os cubanos têm prestado excelentes serviços, inclusive, porque já
atuaram em situações semelhantes. “Esses médicos têm expertise porque
geralmente já trabalharam em missões em outros países, como a África, em
situações em que a população estava em vulnerabilidade”, elencou e enfermeira.
De acordo
com ela, os cubanos não apresentaram grandes dificuldades para se comunicar
durante o atendimento com a população. Além disso, eles passam por um
treinamento para conhecer a rede de saúde e os protocolos adotados nas unidades
de saúde do Distrito Federal.
RENOVAÇÃO –
Um novo edital do programa foi aberto pelo Ministério da Saúde para que os
municípios e estados possam aderir ou receber novos profissionais. O Distrito
Federal já está com a documentação em andamento, que deve ser entregue até o
dia 13 de julho.
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