JUSTIÇA / SOBRADINHO
Justiça condena empresa do
DF por chamar funcionária de 'loura burra'
Ela vai receber R$ 7,5
mil por danos morais. Mulher também alegou restrição para usar banheiro e falta
de água potável; empresa nega acusações.
Fachada do
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Distrito Federal, localizado na Asa Sul
(Foto: Google/Reprodução) Fachada do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no
Distrito Federal, localizado na Asa Sul (Foto: Google/Reprodução)
A 17ª Vara
do Trabalho de Brasília condenou uma empresa do Distrito Federal a indenizar
uma funcionária que foi chamada de "loura burra" pelo chefe. Ela vai
receber R$ 7,5 mil por danos morais.
A mulher
trabalhou em um condomínio em Sobradinho, no DF, como agente de portaria
terceirizada de 2012 a 2013. Além de alegar ser alvo de ofensas, a mulher
também disse que sofria restrição para ir ao banheiro e que não havia
fornecimento de água potável. A perícia não constatou insalubridade no ambiente
de trabalho. A empresa negou todas as acusações.
Segundo o
advogado da vítima, Ademilson Bento de Oliveira, as humilhações eram recorrentes.
"O
chefe imediato dizia que ela era loura burra, imprestável, enfim, fazia
humilhações. Na verdade, ele não tinha paciência porque ele falava no telefone
e às vezes ela não entendia e ele começou os insultos."
O juiz
Jonathan Quintão Jacob afirmou na sentença que uma testemunha ouviu o superior
chamando a funcionária de "loura burra" e "sem preparo para a
função".
De acordo
com o magistrado, a testemunha também disse que os empregados só podiam usar o
banheiro uma vez no período da manhã e uma vez no período da tarde, e que
precisavam pedir permissão para usar o banheiro mais de uma vez. Quando
recebiam permissão, ouviam comentários como “estão abusando” ou “estão
mentindo”.
“Conforme se
vê, embora não tenha sido demonstrada falta de fornecimento de água potável,
ficou provado que havia restrição ao uso do banheiro e que a autora da
reclamação era alvo de comentários ofensivos à sua dignidade”, afirmou o
magistrado.
Por G1 DF
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