REGULARIZAÇÃO EM SUAS MÃOS
Urbanizadora
Paranoazinho cobra valores abaixo do mercado
Moradores dos
parcelamentos da antiga Fazenda Paranoazinho pagam até 30% do valor
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) definiu no
mês de junho e atualizou em agosto, o valor médio dos lotes do condomínio Ville
de Montagne, no Lago Sul, para a venda direta: entre
R$ 195 mil e R$ 199 mil, dependendo da localização no condomínio. Para
determinar este valor o governo utilizou parâmetros de mercado e oferece 25%
para quem quitar o pagamento à vista e os parcelamentos poderão ser feitos em
até 240 meses.
No valor dos lotes apresentado foi deduzido os investimentos brutos em
infraestrutura custeados pelos moradores e também o valor agregado das
benfeitorias. A Terracap ainda vai negociar com a comunidade e haverá uma nova
avaliação da infraestrutura do parcelamento. Mas o preço final não terá
variações expressivas, segundo a agência.
Com essa ação a Terracap demonstra a preocupação da agência em tirar da
irregularidade cerca de 30% da população do Distrito Federal. O condomínio
Ville de Montagne foi o primeiro, mas a expectativa da agência é que os
terrenos da Etapa 2 do Jardim Botânico e do Trecho 3 de Vicente Pires também
tenham seus valores divulgados e passem pelo processo de venda direta em três
meses. Ao todo, serão regularizados 1.042 lotes, na primeira região e 4.1 mil,
na segunda.
Os moradores dos parcelamentos existentes na área da antiga Fazenda
Paranoazinho, condomínios do Grande Colorado, Boa Vista e Contagem, já estão
passando pelo processo de regularização. A Urbanizadora Paranoazinho,
proprietária dos lotes da região, oferece diversos descontos e subsidia o
preço, cobrando até 30% do valor. O objetivo da UPSA é recuperar a plena
legalidade no uso do solo, de forma a valorizar toda a região. Essa estratégia
permite à UPSA praticar os valores mais baratos de todo o Distrito Federal no
processo. “Em nenhuma outra área é possível receber a escritura pelos
valores praticados por nós”, afirma o diretor-presidente da Urbanizadora
Paranoazinho, Ricardo Birmann.
A regularização pode trazer diversos benefícios para os moradores. O
imóvel que avança na regularização fundiária a partir da escritura pública tem,
de acordo com avaliações, um acréscimo de 30% no valor de venda. Além disso
cabe ressaltar que os imóveis irregulares, apenas com a posse da terra, tem a
venda proibida via corretores, segundo o CRECI. “O imóvel que sai da situação
irregular passa por uma transformação muito grande, com bom diferencial. Não só
em termos de documentação, porque adquire credibilidade, com o registro no
cartório e a escritura. Isso tudo influencia na negociação final, feita somente
em imóveis desembaraçados e livres de qualquer problema”, ressalta Hermes
Rodrigues de Alcântara, presidente do Conselho Regional de Corretores de
Imóveis da 8ª Região (CRECI-DF).
Com
a UPSA ninguém fica de fora da negociação
O contrato da Urbanizadora Paranoazinho não exclui pessoas que possuem
outros imóveis residenciais no Distrito Federal, além disso a empresa trabalha
com regime de excepcionalidade para casos como dificuldade financeiras, doenças
graves na família, etc. “Pessoas em situação de vulnerabilidade são as que mais
precisam de legalização e a UPSA quer garantir que elas não sejam excluídas do
processo”, comenta Birmann.
Nenhum valor é devido à UPSA enquanto o lote não
possuir matrícula regularizada e individualizada e o morador não assinar a
respectiva escritura pública de aquisição na propriedade. “Esse procedimento
visa dar tranquilidade e segurança jurídica”, diz o direitor-presidente. Os
moradores podem ainda financiar o pagamento em até dez anos a partir da
escritura diretamente com a UPSA. “Mas as famílias estão livres para buscar
outras fontes de crédito no mercado.” Se o financiamento for a opção, a garantia
da transição é o próprio lote, que fica alienado à Urbanizadora. Moradores
interessados podem assinar um pré-acordo, em que a UPSA se compromete a manter
o valor negociado até a data da escritura.
Fonte: santaféideias
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