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MEIO AMBIENTE / FIM do RACIONAMENTO de ÁGUA no DF


Adasa aponta segurança hídrica para o fim do racionamento
Índice de chuva na Bacia do Descoberto registrado no primeiro quadrimestre deste ano é 19% maior do que no mesmo período do ano passado. Simulações para o término do rodízio foram apresentadas pela agência reguladora em entrevista coletiva

(*) Jade Abreu
As simulações para o fim do racionamento de água em Brasília e para a situação hidrológica na Bacia do Descoberto foram apresentadas nesta sexta-feira (4), em entrevista coletiva, pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF).
Simulações para o fim do racionamento de água foram apresentadas pelo diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, em entrevista coletiva nesta sexta (4). Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Em 15 de junho, o rodízio de fornecimento será interrompido, e a captação de água pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) passará de 3,3 para 4,3 metros cúbicos por segundo. A captação média dos irrigantes também será ampliada de 3 para 6 horas por dia. As medidas constam da Resolução nº 8, publicada hoje (4).
índice de chuva na bacia registrado no primeiro quadrimestre deste ano é 19% maior do que no mesmo período do ano passado. Segundo os dados, até 30 de abril de 2018, foram 1.054 milímetros de chuva, enquanto no ano anterior foram 882 milímetros.
Com a suspensão do racionamento, a expectativa é que em novembro, no mês mais crítico, a Bacia do Descoberto esteja com 18% da capacidade.
O diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, explicou que as análises foram feitas com as projeções esperadas de quantidade de chuva, de vazão, do consumo de irrigantes e de captação de água pela Caesb.
“Fizemos várias simulações e chegamos à conclusão de que essa (suspender o racionamento) era a que fazia o equilíbrio da segurança hídrica com a minimização dos problemas do racionamento para a população”, afirmou.
Salles alegou que, se o racionamento continuasse, a expectativa seria chegar a 45% da capacidade em novembro, porém haveria danos para aqueles que não têm caixas d’água ou que dependem diariamente do abastecimento para comércios. “Foi a perspectiva que consideramos a mais aceitável para Brasília.”
As projeções foram discutidas por técnicos da agência com especialistas da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Universidade de Brasília (UnB).
Uso consciente da água

Diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles

A Resolução nº 8 apresenta medidas de contenção comparadas ao modelo em vigor no período pré-crise hídrica. Em 2016, a captação pela Caesb era de 4,7 metros cúbicos por segundo e pela média dos irrigadores era de 12 horas por dia.

Segundo Salles, o uso racional deve ser continuado pela população também. “Estamos aprendendo a lidar de forma consciente com a água. Nós vivemos um período de muita incerteza climática. Temos de manter a população alerta”, ressaltou.

O documento estabelece ainda reuniões mensais com as equipes da Caesb, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).
(*) Jade Abreu, Edição: Marina Mercante, Fotos: Tony Winston/Agência Brasília

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