ECONOMIA / COMÉRCIO
Comércio do DF espera
crescimento de 12,95% nas vendas para o Natal
A expectativa do empresariado brasiliense de comércio e
serviços para as vendas do Natal de 2018 é positiva em comparação com o mesmo
período do ano passado. É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto
Fecomércio. Segundo o levantamento, 57,3% dos comerciantes apostam que em
dezembro deste ano as vendas serão maiores do que em 2017, enquanto 31,5%
esperam vendas iguais e apenas 11,3% acreditam em vendas menores. De acordo com
a estimativa de vendas para o Natal de 2018, o índice aponta para previsão de
crescimento de 12,95% em relação ao ano anterior.
Para realizar esse estudo o Instituto Fecomércio pesquisou
15 segmentos entre lojas de ruas e de shoppings, totalizando 400 empresas
consultadas. Os segmentos de lojas de Chocolate (+22,83%), Eletroeletrônico
(+21,25%) e Relojoaria / Ótica (+19,67%) lideram o ranking dos mais otimistas
para o período, pois mesmo com a crise, o brasiliense não deixa de presentear
familiares e amigos. O vice-presidente da Fecomércio-DF, Edson de Castro,
explica que as vendas na época do Natal são as melhores de todo o ano e sempre
há um aumento considerável no faturamento. “O Natal é o período em que o
comércio mais vende. Normalmente, no final do ano, as pessoas recebem parcelas
do 13º salário, o que injeta grande volume de recursos na economia local. Além
da tradição de trocas de presentes, brincadeiras ou mesmo um agrado para
colegas e familiares próximos. Dessa forma, todos os segmentos aumentam seus
estoques esperando vender mais e sempre conseguem atrair os consumidores com
promoções, descontos e parcelamentos”, aponta Castro.
O preço médio do presente vai variar de acordo com o
segmento, mas ficará em R$ 150, conforme a pesquisa. No quesito estratégias
para o período, 76,3% pretendem usar: Diversidade de Produtos (51,5%),
Propaganda em Rede Social (44,3%) e Atendimento Especial (43,3%). Já em relação
aos estoques, em 2018, 49,8% dos lojistas apresentam expectativa de aumento de
seus estoques para o Natal deste ano. Em 2017, apenas 52,6% dos lojistas
esperavam aumentar o estoque, o que sugere um Natal em 2018 com menor giro de
mercadorias e renovação de itens.
Consumidor
A maioria dos consumidores brasilienses está disposta a
comprar presentes para comemorar o Natal. O levantamento do Instituto
Fecomércio ouviu 404 pessoas entre 18 e 60 anos. De acordo com o estudo, 66,1%
dos entrevistados têm a intenção de comprar produtos para presentear neste
Natal, 17,1% não tem intenção e 16,8% ainda não sabem. Entre os motivos
declarados pelos clientes que não pretendem realizar compras no Natal, quase a
metade destes (49,3%), declarou que ainda passa por dificuldades financeiras.
Nesse Natal 2018, as preferências do consumidor indicam
produtos como Vestuário e Acessórios com 77,3% das preferências, seguido de
Calçados/ Acessórios com 63% e Cosméticos e Perfumaria com 35,2%. O preço médio
do presente pretendido pelo consumidor é de R$ 389,79. O Natal de 2018 terá
maiores oportunidades de efetivar vendas com um ticket médio acima de R$ 500
junto ao público masculino, com maior concentração na faixa etária de 60 ou
mais, podendo chegar a R$ 804,21, o que sugere uma estratégia própria para essa
categoria de consumidor. Aqueles com nível de escolaridade superior completo
declararam também estar dispostos a gastar mais do que consumidores com outros
graus de instrução, o que poderá ser entendido como oportunidade para vendas de
impulso.
Quanto à forma de pagamento, 58,1% dos consumidores
declararam preferir o pagamento à vista na compra para o Natal 2018. Essa
preferência indica que os limites de créditos continuam restritos forçando o
consumidor a optar por pagamentos que possam ser comportados pela sua
disponibilidade atual, mesmo no caso de famílias que estão aumentando o seu
poder de compra, visto que não querem gerar novas dívidas. Quanto à experiência
de consumo, o cliente aponta o desconto/promoção em 53% como principal fator de
indicação de uma loja. Isso revela que o consumidor buscará uma experiência
mais econômica e assertiva devendo o lojista se organizar para propiciar
descontos atrativos. As mulheres (55,7%) tenderão a priorizar essa modalidade
de forma mais intensificada do que os homens (47,9%).
Por Daniel Alcântara
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