LUOS - Lei de Uso e Ocupação do Solo
Governo do Distrito Federal tenta aprovar LUOS ainda este ano
Projeto volta à Câmara
Legislativa com alterações no texto, para atender sugestões dos deputados e de
representantes da comunidade
O governo
Rollemberg vai tentar aprovar a Lei de Uso e Ocupação de Solo (Luos) antes do
fim do recesso legislativo, até dezembro. Para facilitar a aprovação, foram
feitas alterações no texto, aproveitando sugestões dos próprios deputados
distritais e de instituições comunitárias.
O projeto
foi discutido dia 29 de outubro, no grupo de trabalho
responsável pela análise da minuta da Luos, formado pela Comissão de Assuntos
Fundiários (CAF), pela Unidade de Desenvolvimento Urbano, Rural e Meio Ambiente
(UDA) e pela Assessoria Legislativa, antes de ser encaminhado ao plenário da
casa para votação.
A votação
depende das alterações sugeridos pelos membros da comissão serem acrescentados
ao texto pelo governo. “Não há motivos para protelar a votação da Luos, depois
dos ajustes”, afirma a presidente da CAF, deputada Telma Rufino.
O secretário
de Gestão do Território e Habitação, Thiago Andrade, garante que todos os
procedimentos serão feitos e que o Projeto de Lei deve ser encaminhado pelo
governador Rodrigo Rollemberg no início de novembro.
Se não for
votado e aprovado nesta legislatura, o projeto da Luos terá que voltar ao GDF
já no governo Ibaneis, o que pode atrasar ainda mais sua tramitação. “Teria que
iniciar as discussões quase do zero, trazendo um grande prejuízo para a
população, para o setor produtivo e impactando diretamente na geração de
emprego, renda e na circulação de recursos”, analisa Telma Rufino.
O que é a Luos
A Lei de Uso
e Ocupação do Solo é um instrumento de planejamento e controle urbanístico. Ela
serve para unificar a legislação sobre grandes áreas urbanas do DF, com os
mesmos parâmetros definidos para todas as áreas com base em critérios
semelhantes.
Prevista no
Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), a lei não trata de áreas de
regularização fundiária, e, sim, estabelece regras para os lotes escriturados.
Também não se destina a aumentar a arrecadação do governo.
Ela deveria
estar vigente desde 2011. Isso porque a Lei Orgânica do Distrito Federal
definiu que a Luos teria de ser editada dois anos após a aprovação do Pdot, o
que ocorreu em 2009.
O que muda com a aprovação da lei?
Uma única
lei substituirá uma grande quantidade de legislações específicas. Como
legislação única de uso e ocupação do solo urbano, a Luos orientará a atuação
das diversas instâncias do poder público e do setor privado na ocupação do
espaço urbano.
É uma forma
de facilitar a fiscalização e o controle, além de criar um ambiente seguro para
novos empreendimentos e edificações.
Quando
aprovada, a lei permitirá mais celeridade nos atos relativos às normas
urbanísticas e trará isonomia de critérios para definição em situações
similares.
Com a maior
clareza nas regras, a população poderá ter maior conhecimento sobre direitos e
obrigações e, assim, contribuir de forma mais efetiva com o ordenamento urbano.
A Luos não
prevê a criação de novas unidades imobiliárias, lotes, parques ou outras
intervenções em áreas públicas. A lei vai somente manter esse uso para os lotes
que já existem e com essa destinação. Também não trata de áreas verdes,
ambientais ou rurais que são áreas públicas, mas apenas traz regras para lotes
escrituradas. Além disso, o instrumento legal respeita as regras estabelecidas
nos licenciamentos ambientais dos parcelamentos e as restrições ambientais.
Lotes que interferirem em parques ou outras unidades de conservação deverão ser
desconstituídos.
Foto: Google Images/ Divulgação
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