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Controladoria na Escola tem 36 finalistas
Avaliados pela Controladoria-Geral do DF, os vencedores do projeto serão anunciados na terça (4). A Escola Classe Basevi de Sobradinho está entre os destaques
(*) Dávini Ribeiro
Cidadania, cuidado com espaços públicos e controle social. Esses são conhecimentos que os alunos da Escola Classe Basevi, de Sobradinho, demonstram ter aprendido após participar do projeto
Cidadania, cuidado com espaços públicos e controle social. Esses são conhecimentos que os alunos da Escola Classe Basevi, de Sobradinho, demonstram ter aprendido após participar do projeto Controladoria na Escola.
A escola é uma das 36 finalistas do programa, que recebeu 109 inscrições. Os vencedores do 2º Prêmio Controladoria na Escola serão anunciados em 4 de dezembro, às 14h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A iniciativa da Controladoria-Geral do DF investe na educação de crianças, adolescentes e jovens, com a abordagem de temas como combate à corrupção, ética e responsabilidade com o patrimônio público.
Projeto muda a cara da Escola Classe Basevi
Mais de 260 estudantes da Escola Classe Basevi podem brincar e praticar esportes em uma quadra completamente revitalizada e decorada com flores cultivadas no próprio colégio.
A reforma do local incluiu pintura completa, manutenção dos alambrados, instalação de lixeiras e novas redes para prática de vôlei e para traves de futebol. Além de mão de obra voluntária, todos os materiais foram doados.
“Foi muito bonito porque conseguimos envolvimento não só de funcionários e alunos, mas de toda a comunidade. Nunca tinha visto isso em 30 anos de magistério”, conta a diretora, Edi Silva.
As professoras Tatiana Casaña e Erika Vieira, que lecionam nas turmas do quarto ano, explicam que o projeto ajudou na socialização dos pequenos.
"Conseguimos envolvimento não só de funcionários e alunos, mas de toda a comunidade. Nunca tinha visto isso em 30 anos de magistério"Edi Silva, diretora da Escola Classe Basevi
A aluna Bartira Sofia Rodrigues, de 9 anos, por exemplo, pouco falava nas aulas. “Eu era muito tímida. Foi muito legal porque agora brinco com todo mundo”, confirma.
Com a criação de uma horta no colégio e o recolhimento de lixo nos arredores, os estudantes aprenderam ainda sobre questões sustentáveis. “Eles se perceberam como pequenos cidadãos”, diz a professora Tatiana Casaña, ao lembrar do processo.
A equipe da escola ressalta que não estimulou os alunos visando a premiação, mas pela importância da mobilização em prol do coletivo.
“É maravilhoso deixar meu filho em uma escola em que posso confiar. Eles se importam com os alunos”, avalia Denise de Jesus, mãe de um dos participantes e voluntária na reforma.
Prêmios para finalistas somam R$ 265 mil
O projeto tem a lógica de gincana e oferece premiação. As 36 escolas públicas finalistas vão dividir R$ 265 mil — quantia que deverá ser revertida em melhorias para a escola.
As instituições mais bem classificadas receberão prêmios maiores. A divisão é feita de acordo com o regulamento.
Além das unidades públicas, uma escola do Serviço Social da Indústria (Sesi) é finalista. Ela será premiada pela própria rede.






Os professores participantes também serão contemplados: 51 deles receberão prêmios, que somam R$ 240 mil.
Haverá ainda premiação para 63 estudantes das seis melhores escolas classificadas. Eles ganharam uma viagem para hotel próximo ao Distrito Federal, onde farão uma imersão nos temas aprendidos.
Nesta edição, puderam participar alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do ensino médio de instituições civis e militares; estudantes do quarto e quinto anos do ensino fundamental; e os da rede Sesi.
Como funciona o Controladoria na Escola
Controladoria na Escola, lançado em 2016, estimula a participação de professores e alunos em ações cidadãs e de controle social dentro do ambiente escolar.
As atividades são divididas em etapas. No primeiro momento, os professores das escolas inscritas são capacitados para orientar os alunos nas ações do projeto.
Na segunda fase, chamada auditoria cívica, os estudantes avaliam a unidade de ensino. Com os problemas apontados, identificam o mais importante e iniciam o desafio: buscar a solução. Eles planejam e executam, com o esforço de todos, projetos que modifiquem a realidade escolar.
4,8 milEstudantes inscritos no projeto em 2018
A iniciativa começou com a participação de dez escolas em 2016. No Centro de Ensino Fundamental 404 de Samambaia, por exemplo, os estudantes fizeram uma horta.
Em 2017, o projeto cresceu — teve 104 unidades inscritas e envolveu cerca de 4 mil alunos e 208 professores coordenadores. Vencedor no ano passado, o Centro Educacional 14 de Ceilândia criou um aplicativo para monitorar a limpeza e a conservação do patrimônio.
Em 2018, a inscrição de 109 escolas representou um total de 4,8 mil estudantes e 280 professores. Na etapa do desafio, cerca de 16 mil pessoas — alunos, professores, pais, parceiros e voluntários — participaram.
(*) Dávini Ribeiro, Edição: Amanda Martimon, Fotos: Tony Winston/Agência Brasília

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