CLDF
Da base aliada, distrital
João Cardoso explica por que votou contra o projeto que amplia modelo do Base
(*) Ana Maria Campos
Embora seja do
partido do vice-governador Paco Britto, o Avante, o senhor votou contra o
projeto considerado prioritário para o atual governo de ampliação do modelo de
gestão do Instituto Hospital de Base para outras unidades. Por quê?
O projeto tinha chegado pouco antes da votação. Fiz uma
visita a várias unidades e terminei no Instituto Hospital de Base, onde lá
tenho amigos, servidores de carreira e também pessoas contratadas nesse novo
modelo. Vi que sem uma análise técnica necessária nós não poderíamos levar um
projeto como aquele ao plenário. Precisaríamos de dados na Secretaria de Saúde,
do próprio Instituto e do Tribunal de Contas. Nem tinha ainda analisado
tecnicamente a viabilidade do Instituto.
Essa sua posição de
alguma forma criou um desgaste com o governador Ibaneis?
Não. Eu continuo sendo um deputado da base, mas coloquei
pontualmente essa situação para o vice-governador que esteve na Câmara
Legislativa, avisei ao partido e à Mesa Diretora. Essa é uma posição individual
minha como técnico. Sou auditor fiscal e professor do GDF. Não poderia me
furtar de fazer uma análise técnica, como não deixarei de fazer durante meu
mandato.
Sua posição, mesmo
sendo da base, é de avaliação projeto a projeto sem se submeter a rolo
compressor?
Isso. Não votarei simplesmente porque existe um acordo. Se
esse acordo for bom para a comunidade, para o servidor público, para a
sociedade como um todo, eu voto positivo. Caso contrário, votarei contra.
O governador Ibaneis
Rocha disse que precisa de seis meses para mostrar que o modelo do Instituto
Hospital de Base é o ideal, para tentar ampliá-lo para outras unidades. Acha
possível rever sua posição?
Sim. Coloquei bem claro para os servidores que se eu tivesse
certeza, com a tecnicidade necessária, de que o projeto era viável, não teria
dúvida de votar a favor. Quero o melhor para a cidade. Eu e a minha família –
sou casado e tenho oito filhos – usamos os hospitais públicos do DF, como
também a rede pública de educação, na qual sou professor.
Sua base é
Sobradinho. O senhor indicou o administrador de lá?
Foi-me feita a consulta em relação aos administradores. E
calhou de ter uma pessoa muito conhecida na cidade, o Eufrásio Pereira, mas
isso não vincula meu posicionamento político por conta de ter um administrador
que eu me afeiçoe.
(*) Por Ana Maria Campos - Foto: Minervino Junior / CB. Poder
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