ARTIGO / COLABORAÇÃO
MARÇO É O MÊS
DA MULHER
O dia da mulher foi celebrado
pela primeira vez em 1908, nos Estados Unidos, quando aproximadamente 1500
mulheres se uniram em manifestação contra a carga horária pesada e os salários
baixos da época. Mas a data só foi reconhecida
pela ONU em 1975, e hoje é comemorada em mais de 100 países.
As mulheres, através de suas
manifestações, conseguiram conquistar uma série de direitos, no Brasil e no
mundo, como por exemplo: direito ao voto, direito de cursar faculdade,
igualdade de direitos, criação da Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio. E
ainda existe uma série de conquistas que virão pela frente, mas essas citadas
foram fundamentais para que houvesse as principais mudanças.
Embora muitas conquistas tenham
sido realizadas, ainda estão longe de estarem satisfeitas com o atual cenário.
Mulheres são violentadas e assassinadas todos os dias, a maioria das vezes pelo
próprio companheiro, provocados por motivos torpes ou passionais. No Brasil, o número de casos de mulheres que
sofreram violência doméstica em 2018 foi alarmante: 63.116 mulheres relataram ter
sofrido violência, segundo o Ministério de Direitos Humanos. E os números de crimes contra mulheres são
ainda mais assustadores: em 2017, foram 4.473 homicídios dolosos. São 12
mulheres assassinadas por dia, e os números não param de crescer.
Em 2015 foi criada a lei Nº
13.104, que caracteriza o feminicídio como mais uma modalidade de homicídio
qualificado, que é quando crime for praticado contra a mulher por razões da
condição de sexo feminino. A pena é aumentada de 1/3 até a metade se for
praticado: durante a gravidez ou nos 3 meses posteriores ao parto; contra
pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência ou na presença de
ascendente ou descendente da vítima.
A Lei Maria da Penha também é um
grande marco na história para as mulheres do Brasil. Ela foi criada em 2006 com
o objetivo de proteger a mulher que é vítima de violência doméstica. A lei
orienta também como as mulheres devem ser tratadas para que não sofram novas
agressões ou, em casos mais extremos, sejam mortas. Ela cria medidas protetivas
para manter o agressor longe, e, além disso, cria uma rede de apoio onde a
mulher recebe orientações, é encaminhada para centros de acolhimento e abrigos,
para que possa sair da situação de violência em que vive.
Por este motivo, devemos nos mobilizar
e denunciar os casos de violência contra a mulher, para que não se torne mais
um número na estatística. Os casos de agressões e também de feminicídio, no
geral, ocorrem em ambiente doméstico, maioria das vezes sendo ocasionado na
própria residência. Sendo assim, a vítima tende a ficar com receio de denunciar,
pois está intimamente envolvida com o agressor.
Não tenha medo de denunciar:
Disque 180 e salve uma vida. Se você conhece alguma mulher que sofre violência
física ou psicológica, não permita que ela seja mais uma vítima. Ligue 180 e
denuncie.
(*) Por Milla Maciel - Analista
de Marketing do Centro Médico Matsumoto – ARTIGO COLABORAÇÃO PARA O JORNAL DE SOBRADINHO & BLOG DO EMÍCLES
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