CONDOMINIOS HORIZONTAIS DA REGIÃO NORTE DO DF
Secretaria de
Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) media nova rodada de negociação
entre condomínios e Urbanizadora Paranoazinho ( UPSA )
Encontro ocorreu no
último dia (12), na sede da Secretaria. O objetivo é oferecer apoio técnico
para pôr fim ao impasse na regularização
Como parte
da mediação conduzida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação
(Seduh), os representantes dos moradores de condomínios que hoje estão área
registrada em nome da Urbanizadora Paranoazinho poderão ter acesso aos custos
da regularização fundiária.
A medida foi
um dos encaminhamentos obtidos na reunião entre representantes da empresa e
moradores do Solar de Athenas e Vivendas da Serra, ambos na Região Norte do
Distrito Federal. O encontro ocorreu nesta terça-feira (12), na sede da Seduh,
e é o segundo na tentativa de conciliação do conflito fundiário, que já dura
mais de uma década.
A primeira
reunião ocorreu em 21 de fevereiro, como encaminhamento de reunião liderada
pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e constituem deliberações
prévias que serão submetidas à aprovação do Comitê de Mediação de Regularização
Fundiária, do qual a Seduh faz parte. O colegiado foi instituído por meio do
Decreto 39.629, de 15 de janeiro de 2019.
Nesta terça,
a Urbanizadora Paranoazinho apresentou os custos da regularização fundiária de
dois dos empreendimentos que estão em processo de mediação. Os representantes
dos moradores solicitaram acesso aos extratos dos custos do processo de
regularização dos demais condomínios da região e a realização de uma auditoria
externa. O objetivo é dar mais transparência ao processo, além de informar a outros
condomínios que também estejam interessados em fechar um acordo.
Como ter acesso aos extratos de
custos da regularização
Os
representantes legais dos condomínios devem formalizar, via e-mail, as
informações à Urbanizadora Paranoazinho. A procuração que comprova a
legitimidade do requerente deve ser encaminhada em anexo.
Outro
compromisso pactuado na reunião de hoje é o de que os moradores do Solar de
Athenas e do Vivendas da Serra devem organizar assembleias para divulgar as
informações recebidas da Urbanizadora e esclarecer os custos da regularização
para cada morador, caso eles vençam a ação na justiça. Os condomínios precisam
definir ainda se há interesse em contratar uma empresa externa para auditar as
planilhas da Urbanizadora. As decisões serão comunicadas na próxima mediação,
em 2 de abril.
A construção
de um entendimento comum é o melhor caminho para evitar dispêndio de tempo,
força de trabalho e dinheiro. Não à toa, mediação e conciliação são práticas
adotadas no Judiciário Brasileiro, conforme destacou o secretário de
Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.
“Trabalha-se
dentro de uma lógica de trazer quais são as preocupações, lado a lado. Dessa
forma, o entendimento vai ocorrer de forma muito natural, não impositiva, de
peito aberto de lado a lado”, defendeu Oliveira.
O
compromisso com a colaboração também foi reafirmado pelo diretor da
Urbanizadora Paranoazinho, Ricardo Birmann. “Estamos aqui para tentar chegar a
um acordo”, disse.
Ao comentar
a composição dos custos da regularização, Birman pontuou a importância de não
prolongar o conflito. “O que vai fazer o processo ficar mais barato é o
encerramento do conflito. Nosso interesse, assim como o de vocês, é o de
valorizar, melhorar a qualidade de vida na Saída Norte do DF”, explicou.
Por meio da
conciliação, é possível dar andamento a uma questão que afeta todo o Distrito
Federal, de acordo com a presidente da União dos Condomínios Horizontais e
Associação de Moradores do DF (Única-DF), Junia Bittencourt. “Regularização não
é algo que a gente possa discutir dentro do interesse mínimo, ou do interesse
de um parcelamento apenas. A regularização diz respeito à cidade, ao
ordenamento territorial do DF”, afirmou.
Custos da regularização consideraram
três modelos de regularização
As planilhas
apresentadas no último dia (12) consideram que a empresa assumiria todos os
custos do processo de regularização e os repassaria aos moradores em condições
a serem negociadas. Para isso, foram considerados três cenários possíveis nos
quais os condomínios seriam enquadrados: parcelamento; condomínio urbanístico
(necessita de regulamentação jurídica por parte do Executivo local) e gleba.
Nos dois
primeiros modelos, o processo resultaria em repasse de escrituras aos
moradores. No último, a população adquiriria a gleba, hoje registrada em nome
da Urbanizadora Paranoazinho, e teria que conduzir, por iniciativa e expensas
próprias, a regularização da área.
Por que mediar o impasse fundiário
As reuniões
de mediação partiram de um pleito dos próprios condomínios. Eles procuraram a
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, em janeiro deste ano, para
pedir auxílio na solução do problema.
A ideia é
que a Seduh ofereça apoio técnico a fim de que o processo de regularização da
área seja concluído. Por se tratar de regularização em área privada, a atuação
da secretaria se dá no âmbito de colaboração.
As
deliberações desta mediação serão submetidas à aprovação do Comitê de Mediação
de Regularização Fundiária, do qual a Seduh faz parte. O colegiado foi
instituído por meio do Decreto 39.629, de 15 de janeiro de 2019.
*Com informações da
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação
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