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ARTIGO JURÍDICO / COLABORAÇÃO


 A RENÚNCIA À MEDIOCRIDADE

Diz um pensador anônimo que: “A mediocridade é essencial para manutenção do sistema”.

Numa era onde o culto da ignorância e da bestialidade é consagrado, e um cenário no qual a simples inscrição ou cadastro em uma rede social nos eleva a doutor honoris causas de todos os assuntos e onde as amizades e afetos são volúveis, a mediocridade impera fazendo-nos esquecer que somos finitos.

A busca incessante, infindável, eterna, perene, obstinada e incansável do homem e sua eternidade - ensejo este que produz as religiões - a fé, tenta responder ou até mesmo prometer ao homem a tão sonhável eternidade. Razão pela qual se questiona: o que é mais velho o homem ou a fé?

A história da humanidade das primeiras civilizações é a história também das religiões e da fé. Entretanto não há respostas do ponto de vista prático sobre a eternidade; somente na crença e nas explicações teológicas encontramos. Fato este que nos leva à obviedade conclusiva que todos nós iremos cedo ou tarde morrer. Não há como evitarmos. Decorrência inerente à existência e o seu morrer.

Consequência perpetra de tamanhas obviedades é o tempo o qual representa uma medida; é pelo qual também constatamos que a vida é curta para sermos medíocres. Afinal, a simples manutenção do status quo é de uma estupidez indigna da existência.

A manutenção pela mediocridade do sistema e a zona de conforto revelam preguiça e estagnação e pior, falta de perspectiva que demonstra a nossa pouca vivacidade - um dos adjetivos de morno – aquele se vomita, segundo as escrituras bíblicas.

Causas nauseantes cuja conseqüência intrínseca é o seu expelimento devido à intoxicação do organismo, os medíocres caracterizam-se como epidemia do processo evolutivo do homem.

Razão esta que nos leva à aversão aos mornos e aos que dizem que o importante é a simples manutenção - seja do emprego ou de uma relação ou de um status - esses devem ser expelidos ou vomitados.

Afinal, ser ou não medíocre é uma questão de escolha.
Eu escolhi não ser.
E você, escolheu o quê?
 (*) Henrique Matthiesen (foto) é Escritor, Jornalista , advogado e Colabora com o Jornal de Sobradinho

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