AGRICULTURA / DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO / GDF
Parque do Torto
rumo ao protagonismo
Assinatura da Concessão de Direito Real
de Uso por 30 anos dá segurança jurídica para investimentos na região de cerca
de 60 hectares
Ibaneis recebeu diversos representantes do setor no Salão Nobre do Buriti |
O Governo do Distrito Federal promoveu
a regularização fundiária do Parque da Granja do Torto após mais de 20 anos de
insegurança jurídica. No último dia (18/12), foi promovida a
solenidade de assinatura da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) ao Serviço
Social Autônomo Parque Granja do Torto (PGT), o que permite firmar parceria com
a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e implantar o maior e
melhor parque de exposição do Brasil.
A concessão de cerca de 60 hectares de
terras foi feita pela feita Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) à
organização social de caráter privado que administra o local. Ela é válida pelo
prazo de 30 anos, prorrogável pelo mesmo período. A contrapartida é uma
retribuição anual de 0,5% sobre o valor de avaliação do hectare da terra,
estabelecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
o que vai gerar receita em torno de R$ 320 mil para companhia.
Veja mais no vídeo:
“Essa assinatura é um ato simples com
significado importante. Vamos poder voltar a desenvolver o agronegócio, com
revitalização e investimento. Isso vai colocar Brasília como referência
nacional e internacional da agropecuária”, disse o governador Ibaneis Rocha
durante a solenidade realizada no Salão Nobre do Palácio do Buriti com presença
de toda a equipe rural do GDF.
Diretor de Regularização Social e
Desenvolvimento Econômico da Terracap, Leonardo Mundim explica que a
regularização da área foi possível a partir da individualização da matrícula e
da criação de um lote específico na área onde fica o Parque Granja do Torto.
“Antes o parque ficava inserido dentro de uma grande fazenda. Ela foi
desmembrada e agora fica em lote específico.”
60 hectares sob concessão= receita em
torno de R$ 320 mil à Terracap
De acordo com Mundim, isso confere
segurança jurídica aos investimentos feitos ali, além de atrair desenvolvimento
dos setores produtivos rural e agropecuário. “O objetivo é restabelecer
as atividades do parque de exposições, gerar emprego, renda e a disseminação do
conhecimento no campo do agronegócio”, ressaltou, destacando o papel da agência
de desenvolvimento.
Cidade Agro
Presidente da instituição que agora
detém as terras que compõem o Parque Granja do Torto explica que a ideia é
abrir o parque todos os dias do ano, e não apenas em alguns eventos como
ocorreu nos últimos anos. “O Parque de Exposições já é a melhor estrutura do
Brasil, mas tem 30 anos de vida e nunca teve segurança jurídica para que
projetos fossem implementados”, observou Eugênio de Menezes Farias.
Dilson Resende e Ibaneis assinam documentos de CDRU |
De acordo com o secretário de
Agricultura, Dilson Resende, a expectativa é que o DF volte para o cenário
nacional, e até mesmo mundial, no setor. “Era um anseio antigo da nossa classe
produtiva resgatar o parque de exposições, que é importante para a amostra de
genética e para a ampliação do uso, com a universidade, capacitação, centro de
negócios nacional e internacional”, disse.
A proposta é transformar na Cidade
Agro, com representantes público, como a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do DF (Emater-DF) e Secretaria de Economia, e da
iniciativa privada, com lojas, empresas e instituições para atender toda a
cadeia produtiva do setor, além da formação profissional para qualificar a
população da região.
Investimento
A regularização fundiária da área é o
primeiro passo para tirar do papel uma iniciativa antiga da CNA, que tem um
plano de investimentos e projeto antigo para a área, por meio do Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Diretor-geral da entidade, Daniel
Carrara explica que o contato com o governador Ibaneis Rocha foi a terceira
tentativa de tirar o projeto do papel.
“A proposta cria o maior e melhor
parque de exposição do Brasil, um parque internacional. Vamos reformar, ativar
as instalações e alguns equipamentos estão previstos, como a faculdade CNA, um
hotel-escola, um pavilhão de 30 mil metros quadrados cobertos, uma pista de
passeio equestre, além de parques temáticos”, revelou.
O projeto foi apresentado ao chefe do
Executivo ainda na transição de governo. “Eu comprei essa proposta. Trabalhamos
de forma bastante penhorada durante todo o ano e hoje assinamos esse documento
que permite o investimento no Parque da Granja do Torto”, comentou Ibaneis
Rocha. Ainda de acordo com o governador, o investimento será de mais de R$ 100
milhões, além de uma universidade do agronegócio e o retorno da exposição
agropecuária de Brasília.
Ainda é necessário fazer verificações
jurídicas e normativas do instituto que agora tem posse da terra para avançar
no projeto. “Já estamos fazendo plano e orçamentos de recuperação das unidades.
É preciso efetivar a parceria para avançar nisso”, explicou.
Por Jéssica Antunes - Fotos: Renato
Alves / Agência Brasília
Nenhum comentário
Postar um comentário