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Resistência cultural: coletânea literária "Águas d'ilê" nasce em meio à pandemia

Livro, que será lançado no dia 15 de janeiro, reúne 18 contistas de diversas cidades brasileiras, entre eles escritora do Piauí 


Aguas D'Ile (Alyne Lima, Ricardo Caldeiera, Cristiane Sobral e Nelson Inocêncio)

 

Em meio a uma pandemia mundial, sem precedentes, nasce a antologia literária "Águas d'ilê", inspirada na força feminina e matriarcal negra representada por Oxum. A obra, organizada pela escritora e atriz Cristiane Sobral e pelo diretor artista visual Ricardo Caldeira, reúne narrativas de 18 contistas, com formações diversas e de várias cidades brasileiras. Entre as escritoras, Gabriela Furtado, do estado do Piauí. O lançamento do livro, do selo editorial Aldeia de Palavras, será no dia 15 de janeiro, em uma live transmitida pelo instagram @cristianesobralartista.

 

A coletânea está dividida em três capítulos. Em cada escrito, transbordam achados interiores, ancestrais que procuram estratégias de bem viver além do cristianismo, do patriarcado e do capitalismo. Os autores discursam sobre afeto, matriarcado, racismo e oralidades no espaço social comum, em sua maior parte a partir de uma perspectiva ancestral africana e indígena.

  

Com o tema central "Águas d'ilê", o livro é um convite para que as pessoas mergulhem em histórias e vivências, conforme realça a escritora, organizadora da antologia, Cristiane Sobral "A água abundante na esfera planetária é fonte de vida e de expressão. Como trama essencial aqui ostentamos as águas de ler, com uma pluralidade de vozes necessárias que transcendem silêncios seculares com dignidade, reafirmando equidade para existências vilipendiadas, dignas das primazias terráqueas".

 

A capa do livro é de Nelson Inocêncio, artista visual e professor do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília e membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UnB. O prefácio é de Luana Reis, doutoranda em Literatura na Universidade de Pittsburgh, EUA, ambos pesquisadores em expressões culturais de matrizes africanas em diáspora.

 

Essa obra é resultado de um curso on-line de formação literária que aconteceu durante a quarentena, conduzido pela escritora e atriz Cristiane Sobral. Paralelamente, os participantes tiveram oficina de apresentação profissional e produção gráfica para escritores, conduzida pelo co-criador e diretor de arte do projeto, Ricardo Caldeira. A produção cultural é de Alyne Lima.

  

Os integrantes da equipe buscam por meio da linguagem poética provocar a sociedade sobre temas sociais, com destaque a luta contra racismo e valorização das pessoas negras. A arte, neste sentido, se torna também instrumento político e de transformação social.

 

Os escritos da antologia são dos autores: Alyne Lima (Brasília-DF), Cax Nofre (São Paulo - SP), Cristiane Sobral (Brasília-DF), Denise da Costa (Fortaleza-CE), Gabriela Furtado (Brasília-DF), Joseane Cantanhede (São Luís- MA), Kátia Rocha (Salvador - BA), Letícia Érica Ribeiro (Goiânia - GO), Mirian Bispo (Sobradinho – DF), Patrícia Aniceto  (Santos Dumont -  MG), Ricardo Caldeira (São Sebastiao - DF), Sarah Muricy (Campo Grande - MS), Sheila Martins (Rio de Janeiro- RJ), Silvia Carvalho (Rio das Ostras - RJ), Tânia Cerqueira ( Salvador- BA), Thalles do Nascimento Castro (Juiz de Fora - MG), Toni Edson (Aracaju-SE) e Viviane Martins (Campos – RJ).

 

Obra inaugura selo editorial Aldeia de Palavras

  

A antologia Águas d'ilê inaugura o selo editorial Aldeia de Palavras, de Cristiane Sobral em parceira com Ricardo Caldeira. Um dos objetivos dessa iniciativa é a inserção de novos escritores e escritoras no mercado das letras. Esse é um movimento simbólico produzido no ano em que Cristiane Sobral comemora os 20 anos da primeira publicação nos Cadernos Negros 23, organizado pelo grupo Quilombhoje Literatura (SP). Na época, estreou com o poema "Não vou mais lavar os pratos".

 

"A força motriz do projeto nasceu da necessidade de romper silêncios históricos considerando os caminhos estéticos das escrituras e o compartilhamento de experiências no mercado editorial ainda tão restrito para a população negra e periférica, especialmente para mulheres negras", ressalta Cristiane Sobral.

 

Gabriela Furtado

  

Piauiense de nascença, com raízes profundas no Maranhão, o existir se constitui no rio Parnaíba que banha os dois estados e transborda, inclusive, nas palavras. Gabriela é educadora-aprendora – formada em Letras/Português (UFPI) -, advogada e, sobretudo, escritora. Seguindo os caminhos e o escoamento das águas que desembocam em outras bandas, fez pouso no Distrito Federal, onde fez mestrado em Direitos Humanos na Universidade de Brasília (UnB), pesquisando a obra de Cristiane Sobral como contranarrativa de direitos humanos.

 

Além disso, é membra do Coletivo Escrevivências (UnB) e autora do blog As Palavras Sempre Ficam (@aspalavrasempreficam). Tem publicações em revistas e antologias literárias, escrevendo, principalmente, cartas abertas sobre ser-sentir mulher no mundo e sobre sentimentalidades, que fluídas como as correntezas do Parnaíba, são para mim instrumento de cura de transformação do mundo.

 

Serviço:

  

Lançamento virtual do livro Águas d'ilê

 

Data: 15 de janeiro às 19h

 

Instagram: www.instagram.com/cristianesobralartista

 

Valor do livro: R$ 40 – pedido de compras pelo crisobral2@gmail.com ou pelo whatsapp (61) 9 9153-1883 ou (61) 9 9294-5511 (Alyne Lima)

 

Ficha técnica do livro:

 

Editora, organizadora, gestora revisora e facilitadora da formação em escrita criativa - Cristiane Sobral

 

Cocriador, diretor de arte e facilitador da formação em produção gráfica e currículo - Ricardo Caldeira

 

Desenhos - Nelson Inocêncio

 

Designer assistente - Weslley Souza

 

Ficha catalográfica - Bibliotecária Buruku (Nathany Brito Rodrigues)

 

Correvisora - Kátia Rocha

 

Assessora de imprensa - Larissa Mantovan

 

Produtora - Alyne Lima

 

Assistentes de produção - Micael Amorim e Sarah Benedita

 

 

Fonte: Larissa Mantovan, Foto: Divulgação

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