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Candidatas questionam transparência da regional de Sobradinho em seleção da SEE-DF
De acordo com as candidatas, há falhas nas etapas do processo seletivo
Foto:
Reprodução/Pixabay
Candidatas
às vagas de professores temporários para lecionar na rede pública do Distrito
Federal questionam a atuação e a transparência da Regional de educação de
Sobradinho em um dos últimos processos seletivos da SEE-DF.
De acordo
com candidatas, aprovadas na última seleção para professores temporários, há
uma série de falhas nas etapas do processo seletivo.
“A Regional
de Sobradinho vem conduzindo o processo de forma duvidosa, desrespeitando os
princípios da transparência, publicidade e legalidade, com convocação
aleatória, ignorando a ordem de classificação dos candidatos”, argumenta a
concursada e pedagoga Lindyane Shinoda.
“Várias professoras alegam que candidatos com classificação muito acima
das delas já foram convocados e já estão em sala de aula. Minha classificação é
360, muita gente passou na minha frente”.
Shinoda
relata que os servidores estão confusos quanto as informações.
“Houve
relato de funcionários da Regional afirmando que usam a lista de habilitados
dos anos anteriores. Mas isso não é reconhecido legalmente, porque o processo
se finda anualmente”.
A pedagoga
alerta ainda que os candidatos não sabem, afinal, qual é o departamento
responsável pelo chamamento para as entrevistas porque na Regional informam que
a responsabilidade é de uma subsecretaria; a Subin.
E na Subin,
segundo Shinoda, os servidores informam obedecer a listagem de chamamento vinda
da Regional.
A Subin é a
subsecretaria responsável pelo ensino especial e está localizada no Edifício
Phenicia Building Block C, na SBN Q2, na sede da SEE-DF.
Julie Elley,
também pedagoga, candidata e da Regional de Sobradinho, relata que chegou a
procurar o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF).
“O sindicato
falou que a Regional disse que está trabalhando somente quem tem aptidão e que
eles têm autonomia para chamar somente quem tem aptidão. Mas essa aptidão é
adquirida na entrevista. Se eles tem autonomia, por que eles não assumem, por
que eles não publicaram, por exemplo, o nome e a classificação das cerca de 30
pessoas que fizeram essa entrevista semana passada, que eles escolheram?”,
questiona. “Eu sou 411, e fiquei sabendo que tem gente que é acima de 600, que
foi chamado para essa entrevista”.
Sobradinho
chamou 350 aprovados. Após este chamamento, houve uma segunda convocação, desta
vez para atuar no ensino especial. Nessa etapa, segundo esclarecem as
candidatas, todos os aprovados foram convocados a entregar documentação. O
edital de publicação saiu na noite no dia 31/1.
“Após essa
entrega de documentação, eu liguei na Regional e me disseram para ficar de olho
no site da Secretaria de Educação, que toda e qualquer publicação que fosse
feita referente a entrevistas, a convocação seria publicado no site oficial.
Aí, num dos grupos de zap eu descobri que estavam chamando candidatos por
telefone para entrevistas. Aí eu pensei, uai, não ia ser publicado?”, indaga
Elley.
A pedagoga
esclarece que as entrevistas têm por objetivo proporcionar aos candidatos a
aptidão necessária para trabalhar com educação especial.
“A aptidão é
adquirida através da entrevista. Após essa etapa, começa-se a trabalhar. Nós
todos, candidatos, entregamos documentação para passarmos por essa entrevista.
Agora eles estão chamando aleatoriamente. Em nenhum lugar do edital se fala que
irá passar quem tem aptidão na frente ou que irá se escolher classificação para
passar na entrevista de aptidão”.
Ambas as
candidatas mostraram os protocolos das denúncias feitas ao Ministério Público
do Distrito Federal por meio do formulário da ouvidoria. Alegaram ter procurado
ainda a Defensora Pública.
E, segundo
ambas, a instituição solicitou extrato bancários para comprovar que as
candidatas não têm renda e, portanto, precisariam a advocacia gratuita da
Defensoria.
As candidatas
ainda procuraram advogados particulares, mas por estarem desempregadas não
podem arcar com os preços dos honorários advocatícios.
“Então, foi
veiculado essa matéria no Mais Brasília da Regional do Paranoá e eu entrei em
contato com vocês para contar nossa situação em Sobradinho”, revelou Shinoda.
O Mais
Brasília procurou a ascom da SEE-DF para relatar as denúncias.
De maneira generalizada, a assessoria apenas adiantou que quaisquer “aprovados que tiverem dúvidas podem enviar o questionamento para Gerência de Gestão de Servidores Temporários, por meio do e-mail gset.sugep@edu.se.df.gov.br informando nome completo, classificação, CPF e para qual banco foi aprovado”.
Fonte: Paula
Coutinho/ maisbrasilia.com
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