Semana do Produtor Rural de Sobradinho
Produtores participam de curso sobre criação de abelhas em Sobradinho
Atividade promovida pela Emater faz parte da programação da Semana do Produtor da região administrativa
Produtores rurais que querem desenvolver a meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão) em suas propriedades participaram, nesta sexta-feira (7), de um curso realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A atividade ocorreu na Chácara Recanto Pé da Serra e fez parte da programação da Semana do Produtor Rural de Sobradinho.
O
curso, voltado a produtores iniciantes na meliponicultura, apresentou aos
alunos as espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF | Fotos:
Ascom/Emater-DF
O curso,
voltado para iniciantes, foi ministrado pelos extensionistas Edilson Amaral e
Fábio Costa. O conteúdo apresentou as espécies de abelhas nativas que podem ser
criadas no DF, as características de cada uma, a importância biológica e
econômica das abelhas, como montar e onde instalar iscas, as características
das colmeias, entre outros temas.
A
proprietária da chácara, Silvana Seixas Fernandes, atualmente tem como
atividade a bovinocultura e o aluguel do espaço para eventos. “Quero iniciar a
atividade pelo ambiente ser propício, com parque e área de preservação
próximos. As abelhas contribuiriam para o pomar, flores e até mesmo para a
renda na propriedade”, conta Silvana.
Já o jovem Júlio César Viana, 15 anos, já desenvolve a atividade há dois anos como hobby, além do futebol. “Conheci a meliponicultura com uma palestra de um produtor na escola, na feira de ciências, e me interessei. Hoje tenho umas 12 caixas que gosto de cuidar quando não estou na escola ou no futebol. Inclusive eu vendo iscas e caixas para ajudar a comprar chuteira ou pagar alguma viagem para jogar”, conta.
As
abelhas nativas sem ferrão são mais eficientes do que as que têm ferrão na
polinização de grande parte das plantas cultivadas
Meliponicultura
Uma
alternativa à abelha melífera são as abelhas nativas sem ferrão, como os
meliponíneos. Essas abelhas são mais eficientes polinizadoras do que a exótica
Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas.
Na região do
Lago Norte, um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas
indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à
preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores
nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas
com ferrão.
Além de a
abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não
são polinizadas pelas abelhas com ferrão, a espécie não é agressiva, o que
facilita seu manejo. A Jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior
umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes.
A
produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha
por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão.
Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 45 o quilo, o
das abelhas nativas varia de R$ 60 a R$ 120 o quilo.
* Fonte: Agência
Brasília, Edição: Rosualdo Rodrigues, com informações da Emater
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