RECENTES

Lobelia brasiliensis é alvo de um plano de conservação recentemente elaborado como condicionante do licenciamento do projeto imobiliário Urbitá, em Sobradinho, região de ocorrência da planta

 Espécie ameaçada de extinção ganha plano de conservação

Com duração de três anos, iniciativa será desenvolvida em nove etapas

Endêmica do Distrito Federal e ameaçada de extinção, a flor da espécie Lobelia brasiliensis é alvo de um plano de conservação recentemente elaborado como condicionante do licenciamento do projeto imobiliário Urbitá, em Sobradinho, região de ocorrência da planta. Apresentado pela Superintendência de Unidades de Conservação (Sucon) do Instituto Brasília Ambiental, o plano terá nove etapas.

A flor ocorre principalmente nas veredas

“É uma iniciativa de grande importância porque vai permitir o monitoramento da espécie no Ribeirão Sobradinho, e a ideia é que se estenda para outras regiões onde a Lobelia brasiliensis ocorre”, explica a diretora de Implantação da Sucon, Carolina Lepesch. “Isso vai nos possibilitar mais condições de desenvolver estratégias de proteção da espécie em ações de recuperação, de replantio ou em outras.”

Lobelia brasiliensis ocorre em áreas úmidas, de veredas, caso do Ribeirão Sobradinho. A ameaça de extinção dessa flor deve-se ao fato de ela estar perdendo seu habitat. “Com a expansão das cidades, as veredas estão se acabando; os terrenos são drenados e desmatados, então elas desaparecem”, aponta Carolina.

Ações

O plano foi elaborado para três anos, com monitoramento ainda após esse período. A primeira ação foi a reunião entre técnicos, a empresa executora e o Brasília Ambiental.

Depois, foi elaborado o levantamento de informações bibliográficas disponíveis na literatura sobre a reprodução e propagação da espécie.

Na sequência, além da produção de viveiros com mudas, buscaram-se o fomento e a formação de parcerias institucionais, como a firmada com a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa.

A quarta ação foi o levantamento de campo, seguida pela determinação das áreas prioritárias à conservação da espécie. A sexta ação prevê a integração do plano de conservação com as ações correlatas ao Programa de Resgate e Monitoramento de Flora do Plano de Controle Ambiental Urbitá – Etapa 1.

A sétima ação é a integração com as ações correlatas às atividades de recuperação de áreas degradadas e paisagismo. Na sequência, será feita  a integração com as ações do Programa de Educação Ambiental. A ação final será a elaboração de relatórios de acompanhamento anuais.

 

* Fonte: Agência Brasília, Edição: Chico Neto, com informações do Brasília Ambiental, Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

Nenhum comentário