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 Jovem passa por cirurgia, fica com sequelas e família reclama de negligência 

Marcelo José Barbosa Alves, 25, está internado no Hospital de Base desde 22/3. Família diz que ele não recebeu avaliação médica adequada 

Há 17 dias, Marcelo José Barbosa Alves, 25 anos, está em estado grave no Hospital de Base de Brasília. O jovem ficou com sérias sequelas após operar, pela segunda vez, para retirar um tumor do cérebro. A família de Marcelo reclama que a demora no atendimento e na realização das cirurgias agravou a situação do jovem. Os parentes também dizem que, desde o último procedimento, Marcelo não recebeu avaliação de um oncologista para análise da situação.

 

Desde o início de 2023, a família de Marcelo, busca atendimento na rede pública de saúde do Distrito Federal para retirada de um tumor do cérebro do jovem. Moradora de Sobradinho 2, a irmã dele, Marylaine Conceição Barbosa Alves, conta que a primeira cirurgia para retirada do tumor foi realizada em 12 de janeiro.

 

“Ele passou mal e foi encaminhado para fazer um exame de imagem no Hospital de Base. Na tomografia, acusou que ele estava com um tumor na cabeça e precisava passar por cirurgia. Ele ficou internado e, em 12 de janeiro, fez a cirurgia”, lembra.

 

Segundo ela, a família chegou a dar entrada nos pedidos para iniciar a quimioterapia, outra fase do tratamento do tumor que havia sido descoberto. Porém, ela afirma que o irmão não foi chamado para o procedimento.

 

Em 25 de fevereiro, Marcelo voltou a passar mal e, consequentemente, voltou ao hospital.

 

“A gente descobriu que o tumor tinha crescido de novo, por conta da demora no tratamento. Ele precisou ser internado de novo para fazer uma nova cirurgia. Ele esperou por 21 dias, e o médico sempre falava que ele podia esperar, que a cirurgia dele não era emergência”, relata Marylaine.

 

Marylaine afirma que o quadro do irmão piorava a cada dia.!

“Ele apresentava vômitos, confusão mental e fraqueza. Mas nada da cirurgia”.

 

Em 16 de março, Marcelo recebeu alta, mesmo sem ter feito a cirurgia que precisava. “O hospital disse que ele poderia esperar até o dia 23 de março”, conta a irmã.

 

No entanto, três dias depois, o jovem voltou à unidade de saúde. “Ele foi internado de novo, ficou dois dias em uma maca do Samu. No dia 22, o médico viu que o estado dele estava muito grave e encaminhou ele para a intubação. às 19h, ele entrou em uma cirurgia de emergência, já em coma induzido”.

 

Sequelas

Após a cirurgia, Marylaine relata que as sequelas do irmão eram visíveis. “Ele saiu do procedimento sem andar, sem falar, com o lado direito do corpo totalmente paralisado. Perdeu a deglutição, está se alimentando por sonda”.

 

Depois da cirurgia, ele ficou 11 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). No dia 31, ele foi encaminhado para um quarto. “” Até hoje, ele não foi atendido por um oncologista não passou por radioterapia. A gente não sabe quanto do tumor foi retirado na cirurgia”, diz a irmã.

 

Segundo ela, ainda há o risco de Marcelo ter que passar por nova cirurgia.

 

A denúncia do caso de Marcelo também foi compartilhada pela radialista da Rádio Metrópoles, Carmela. Veja:

 

Procurado, o Instituto de Gestão Estratégia em Saúde (Iges-DF), afirmou que o paciente está sob cuidados da equipe de neurocirurgia, realizando exames. “A equipe médica está em contato com os familiares para esclarecer sobre o quadro clínico e o Instituto se encontra à disposição dos familiares para demais esclarecimentos”, disse e, nota.

 

Fonte: Samara Schwingel / Metrópoles, Foto: Arquivo pessoal

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