No DF, mais mulheres têm o ensino médio completo do que homens: 72,2% contra 70,1%.
DF lidera percentual de estudantes que concluíram o ensino médio
Destaca-se ainda o aumento de pessoas com ensino superior, que passou de
33,9% para 37% em quatro anos
O
Distrito Federal é a Unidade da Federação na qual, proporcionalmente, mais
pessoas concluíram, no mínimo, a educação básica obrigatória – ou seja,
estudantes formados no ensino médio. Na capital, esse percentual atingiu 71,3%
em 2022, sendo o maior do país.
Especialmente do ensino infantil ao ensino médio,
trabalho do GDF na educação tem garantido números positivos no desempenho dos
estudantes da rede pública
Os
dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revelam um aumento do
número de pessoas com ensino superior no DF: 33,9%, em 2019, para 37%, em 2022.
“A nossa porta para os estudantes é
descentralizada; então, diferentemente de outros estados que têm uma ou outra
escola polo, aqui temos 95 unidades escolares nas 14 regionais de ensino que
atendem as diversas regiões administrativas do DF”
Lilian Sena, diretora da EJA no DF
No
DF, mais mulheres têm o ensino médio completo do que homens: 72,2% contra
70,1%. Houve também redução na diferença entre cor ou raça. Em 2022, cerca de
80,1% das pessoas de cor branca haviam completado pelo menos o ciclo
educacional básico, contra 65,5% das pessoas autodeclaradas pretas ou pardas.
Essa diferença, ainda alta, diminuiu de 2016 para 2022, passando de 17,1% para
14,6%.
Os
números refletem parte do trabalho que o Governo do Distrito Federal (GDF)
executa em todo o ciclo escolar, do ensino infantil até o médio. Um desses
braços é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinada a alunos de 15 anos ou
mais para alfabetização e ensino fundamental e, a partir dos 18 anos, para o
ensino médio. É onde a Secretaria de Educação (SEE) atua para que todos tenham
oportunidade de concluir os estudos, ofertando acolhimento e alguns
diferenciais.
“A
nossa porta para os estudantes é descentralizada; então, diferentemente de
outros estados que têm uma ou outra escola polo, aqui temos 95 unidades
escolares nas 14 regionais de ensino que atendem as diversas regiões
administrativas do DF”, explica a diretora da EJA no DF, Lilian Sena. “Temos
oferta nos três turnos, majoritariamente no noturno, mas temos escolas
específicas, como o Cesas, o CED II de Taguatinga, o CED I de Brasília – que
atende exclusivamente o sistema prisional –, e temos o Cejaep-EAD, que é da
modalidade a distância.”
Acolhimento
A
EJA conta com cerca de 33 mil estudantes e 95 unidades. Deste grupo, quase 30
mil assistem às aulas presencialmente. Tanto no sistema presencial quanto no
combinado ou a distância, a EJA oferece oportunidade para quem nunca estudou ou
para quem não concluiu o ensino fundamental ou médio e deseja retomar os
estudos.
“Trabalhamos
muito na perspectiva de acolhimento; não adianta ter muitas matrículas, mas as
pessoas não permanecerem”, pontua a diretora da EJA. “Temos essa perspectiva no
atendimento desde o momento em que o aluno chega à escola. Avançamos também na
busca ativa do público da EJA. No final de 2022 para 2023, trabalhamos com
panfletagem, distribuímos 100 mil panfletos, 10 mil cartazes e 120 banners em
locais como restaurantes comunitários, agências do trabalhador e outros de
grande circulação. Assim, conseguimos aumentar o número de matrículas.”
Fonte: Ian Ferraz, da Agência Brasília, Edição: Chico Neto, Foto: Arquivo/Agência Brasília
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