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O indesejado lixão do Polo de Cinema, em Sobradinho, é coisa do passado no local, o espaço abriga há um ano e meio o Bosque dos Ipês

 Um ano e meio depois, Bosque dos Ipês segue vivo e com árvores despontando

Espaço, que era ocupado por toneladas de entulhos em Sobradinho, deu lugar ao verde e conta com a fiscalização e o apoio da comunidade

O indesejado lixão do Polo de Cinema, em Sobradinho, é coisa do passado. Área de descarte irregular conhecida e também combatida por muitos moradores, o espaço abriga há um ano e meio o Bosque dos Ipês, que gera curiosidade por quem ali passa. Árvores típicas do cerrado, como os belos ipês (de todas as cores), jacarandá-mimoso, cambuí e outras espécies vão crescendo ali e dão forma a um grande jardim para a região.

O Bosque dos Ipês ocupa uma área aberta de 15 mil m² na confluência entre as rodovias DF-326 e DF-215, a 300 m do polo de cinema de Sobradinho

Localizado na confluência entre as rodovias DF-326 e DF-215, a 300 metros do Polo de Cinema Grande Otelo, o bosque ocupa uma área aberta de 15 mil metros quadrados. Ali, foram plantadas em torno de 800 mudas de árvores típicas do cerrado, e o perímetro foi isolado para evitar o acesso de veículos. Alguns exemplares de ipês já atingem cerca de dois metros de altura. Mas, a expectativa é que no aniversário de três anos o espaço verde se consolide.

“Aos três anos, já poderemos ver um pequeno bosque com espécies e floradas de cores diferentes no local”, prevê o diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, Raimundo Silva. “A Novacap faz o acompanhamento da área com o combate de pragas – como formiga e lagarta – e a roçagem periódica para acompanhar o desenvolvimento.”

Uma planta invasora, chamada popularmente de margaridão, também se espalhou no terreno – prova de que o solo está em dia. Morador de um assentamento próximo, o agricultor Raimundo Caldeira, 60, conta que o local ‘era horrível’: “Era lixo por todo o terreno, até na beira do asfalto. Eu entendo um pouco de reflorestamento, e esses entulhos estavam acabando com o solo e pode contaminar o lençol freático”, pontua. “Todos nós temos por obrigação sermos vigias desse lugar.

Se encostar caminhão com entulho, a gente já grita ‘fiscalização’!”, diz, satisfeito.

O diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, diz: “Todos nós temos por obrigação sermos vigias desse lugar. Se encostar caminhão com entulho, a gente já grita ‘fiscalização’!”

A transformação em jardim

Em janeiro de 2022, uma força-tarefa do programa GDF Presente em parceria com a Novacap e a Administração Regional de Sobradinho atuou na limpeza do local. O apurado, na ocasião, foram 3,5 mil toneladas de lixo retiradas. Os outros serviços executados foram o cercamento, a preparação do solo e plantio das mudas.

Coordenador do Polo Norte do programa, Ronaldo Alves acompanhou cada detalhe da operação e é um entusiasta do Bosque dos Ipês. “Avalio que foi a maior ação que o GDF Presente fez em relação à questão ambiental, ao recolhimento de resíduos, que é uma tarefa nossa”, frisa.

“Era muito necessário que o lixão do Polo de Cinema sumisse do mapa, assim como, no passado, foi fechado o Lixão do Estrutural”, diz. Com ajuda da administração, os operários do GDF Presente são outros a monitorarem o local. Olhos atentos quanto ao descarte irregular dentro e no perímetro do bosque, conforme o coordenador.

O administrador de Sobradinho, Gutemberg Tosatte, destaca: “Temos dois papa-entulhos do SLU em Sobradinho, um em Sobradinho II, além de vários papa-lixos. Tudo de uso gratuito. Não há porque despejar lixo em área pública”

Em visita recente ao jardim, o administrador de Sobradinho, Gutemberg Tosatte, elogia o local e lembra que a Mãe Natureza é ‘generosa’. “Só de pensar que depois de toneladas de entulhos, animais mortos retirados, ainda temos um solo que resistiu e veremos árvores florirem”, recorda. Tosatte reforça o convite à população para se conscientizar: “Temos dois papa-entulhos do SLU em Sobradinho, um em Sobradinho II, além de vários papa-lixos. Tudo de uso gratuito. Não há porque despejar lixo em área pública”.




Fonte: Rafael Secunho, da Agência Brasília , Edição: Carolina Lobo, Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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