TCDF determina criação de sistema para monitoramento de obras do GDF
TCDF determina criação de sistema para monitoramento de obras do GDF
O Tribunal
de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Secretaria de Governo do
Distrito Federal (Segov/DF) apresente, em 60 dias, um plano de ação para
criação do sistema de monitoramento de obras públicas. A ferramenta do Governo
do Distrito Federal (GDF) deverá listar cada etapa das obras concluídas, das em
andamento e das que serão iniciadas. O portal também deverá indicar o prazo de
conclusão para cada atividade, a unidade responsável pelas ações e as datas de
entrega de etapas intermediárias.
De acordo
com a fiscalização do Tribunal, o atual sistema para acompanhamento das obras
públicas, o Infobras, não apresenta com precisão as informações referentes ao
andamento das obras e possui dados desatualizados.
O
acompanhamento da gestão governamental pelo TCDF mostrou que a Segov/DF possui
a relação da maior parte das obras realizadas pelo governo. O controle feito
pela pasta permite verificar os órgãos responsáveis, o andamento da obra, a
localidade e o eixo estruturante.
Esse
controle, no entanto, não apresenta dados referentes à execução
orçamentária-financeira e não está acessível à população do DF. “Apesar dessa
gestão realizada pela Segov, ficou evidente a necessidade de aprimoramento do
gerenciamento das informações relativas às obras públicas, visando a dar maior
transparência e possibilitando melhores oportunidades de controle por parte da
população do DF”, diz o voto do relator do processo.
A Decisão
n. 3911/2024, que determinou a criação do plano de ação, foi tomada pela Corte
de Contas após acompanhamento técnico das obras públicas realizadas no Distrito
Federal. Essa fiscalização servirá de subsídio para o Relatório Analítico e
Parecer Prévio sobre as Contas do Governo relativas ao exercício de 2023.
Ao todo, o
TCDF analisou a situação de 441 obras públicas no DF. Ao final do ano passado,
56,5% (249) das obras constavam como concluídas, 39% (172) estavam em andamento
e outras 4,5% (20) encontravam-se suspensas ou paralisadas.
A maior
parte das obras do DF estavam concentradas no eixo de mobilidade urbana (207),
seguidas por infraestrutura e urbanização (88). O Eixo Educação contava com 45
obras e o de Saúde com 8. Essas áreas têm sido monitoradas com frequência pelo
TCDF. Recentemente, a Corte realizou auditoria nas Unidades Básicas de Saúde e
promoveu o monitoramento da implementação do Plano Distrital de Educação
Básica.
De acordo
com a fiscalização da Corte de Contas, no final de 2023 foram gastos R$ 1,8
bilhão em obras públicas no DF. Houve uma evolução de 43,7% (R$ 546,8 milhões)
em relação a 2022. As despesas consideram os recursos dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social, de Investimento e do Fundo Constitucional do DF (FCDF).
No total, a despesa autorizada no orçamento era de 4,3 bilhões. O gasto no ano
correspondeu a 41,9% do montante.
Segundo o
monitoramento do TCDF, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) foi a
unidade que mais gastou em obras públicas, com R$ 355,7 milhões ou 19,8% do
total empregado.
A
fiscalização da Corte de Contas revelou ainda que, em dezembro de 2023, o
Departamento de Estradas de Rodagens (DER/DF) era responsável por 147 obras
públicas no DF (33,3%), das quais, 87,8% haviam sido concluídas, 9,5% estavam
em andamento normal e 2,7% estavam paralisadas ou suspensas. A Novacap estava
gerindo 53 obras (12,0%) e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap)
outras 42 (9,5%).
Por Polyana Resende, Editado: Kleber Karpov/politicadistrital.com.br
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