Caio Bonfim quer 'entregar tudo' no Mundial e aprova novas distâncias da marcha para 2026
Caio Bonfim quer 'entregar tudo' no Mundial e aprova novas distâncias da marcha para 2026
O marchador Caio Bonfim (CASO-DF) teve um 2024 excepcional e fala com muita positividade das perspectivas para 2025 - ano do Campeonato Mundial de Atletismo de Tóquio (Japão) - e para 2026 - a World Athletics anunciou que o programa da marcha atlética terá duas novas distâncias, a meia-maratona (21.097,5 km) e a maratona (42.195 km).
Primeiro, o
foco será o Mundial, no Estádio Nacional de Tóquio, de 13 a 21 de setembro de
2025. Caio Bonfim tem índices para disputar os 20 Km e os 35 km - obtido quando
ficou em terceiro lugar (2:27:48) no World Race Walking Tour, categoria bronze,
no Parque St Anne's de Dublin (Irlanda), em sua última competição do ano, em
dezembro.
Marchou
várias vezes abaixo do índice dos 20 Km (1:19.20) para o Mundial - a marca que
consta em sua qualificação é a da medalha de prata conquistada na Olimpíada de
Paris: 1:19:09.
Caio Bonfim
tem duas medalhas de bronze conquistadas em Mundiais, nos 20 km da marcha, em
Londres 2017 e em Budapeste 2023. Fechou um ano glorioso de competições em
2024, cujo ápice foi a conquista da inédita prata na marcha atlética 20 km nos
Jogos de Paris 2024 (1/8), reconhecida no 25º Prêmio Brasil Olímpico (PBO) do
Comitê Olímpico do Brasil (COB), quando conquistou os Troféus Rei Pelé - Melhor
Atleta do Ano, Melhor do Atletismo e Atleta da Torcida.
Caio Sena
Bonfim, nasceu em 19/3/1991, na cidade de Sobradinho (DF), treina com sua mãe e
treinadora Gianetti Sena Bonfim, ex-marchadora. Seu pai João Sena também ligado
ao atletismo ajuda na sua carreira e gerencia o CASO-DF, equipe de Sobradinho.
Na entrevista, Caio fala sobre as perspectivas para 2025 e da
temporada de 2024.
O Mundial
de Tóquio é o seu foco em 2025?
Caio Bonfim - Os
índices da World Athletics não são fáceis, tanto que nos 20 km com o tempo de
1:19:20 daria para brigar por medalha. Fechamos 2024 com os dois índices para o
Mundial. Conseguimos atingir o objetivo. E também teve um outro prêmio: assinei
contrato de patrocínio com a PUMA. Foi um prêmio pra mim, fiquei muito feliz! A
gente sabe qual é o nível de um Mundial, mas quero estar lá para lutar, na
minha melhor forma possível e entregar o melhor que eu puder. Vou trabalhar
para representar bem o Brasil.
A World
Athletics anunciou mudanças na marcha atlética para 2026, com a inclusão da
meia-maratona e da maratona. O que você achou das novas distâncias?
Caio Bonfim - Sempre
tento me adaptar o mais rápido possível e ver com otimismo. Eu já fiz índice
para os 50 km em dois Jogos Olímpicos. Sei dos desafios da prova e dos treinos
também, mas já passei por tudo isso e tenho condições de encarar. A maratona é
uma prova boa para o Brasil, acho que temos chance no feminino e no masculino.
Eu e a Viviane (Lyra) fomos finalistas olímpicos na maratona de revezamento e
tínhamos muito para crescer, com chances de brigar por medalha em Los Angeles
2028. No individual, tem outras complexidades, mas acho que vai ser bom. É bom
também ter duas provas porque são duas chances. Poderemos brigar na
meia-maratona e na maratona. Estou feliz com as distâncias, particularmente
gostei.
Medalhista
olímpico, campeão do Tour Mundial, três troféus no Prêmio Brasil Olímpico do
COB, boas marcas, recordes, novo patrocínio e qualificação para o Mundial de
Tóquio. Que ano!
Caio Bonfim - Foi
mais do que especial, eu tracei objetivos e cumpri. Foi muito bom, desde o
início (fez o recorde pessoal e brasileiro com 1:17:44, em 3/3/2024, em
Taicang, China). Claro que teve dificuldades, mas foi muito bom superar tudo.
Foi a melhor Copa Brasil que eu já tive, recorde brasileiro na china, fazer 1
hora e 17 de novo, magnífico. Vitória no calor da prova do Sul-Americano e veio
o circuito europeu - obtive muito apoio, do COB para o camping, da CBAt - a
Joana (Costa, responsável pelo Departamento Técnico da CBAt) no meu ouvido para
entender e cuidar do que eu precisava. Fizemos uma sequência de provas muito
boa, medalha em Podebrady (República Checa), com marca boa e eu queria mais. No
Mundial, conseguimos o índice para a Olimpíada, chegamos perto de ganhar
medalha, eu e a Viviane. Veio a Polônia, fui prata, com ótimo tempo, uma prova
muito importante para a parte técnica e ritmo. E fomos para La Coruña
(Espanha), onde todos os competidores principais se encontraram. Voltamos, foi
bom o Troféu Brasil, recorde brasileiro - primeiro atleta sul-americano a fazer
abaixo de 1:20 na pista. E daí tudo o que aconteceu na Olimpíada. E fechar com
índice na Irlanda.
Fonte: Surto Olímpico/surtoolimpico.com.br, Foto: Wagner Carmo/CBAt
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