Mobilidade elétrica pode dobrar número de empregos até 2050
Mobilidade elétrica pode dobrar número de empregos até 2050
Brasil registra crescimento
constante nas vendas de veículos eletrificados. (foto: Volvo/Dilvulgação).
A produção nacional de
veículos elétricos pode dobrar o número de novos empregos no Brasil até 2050. A
aposta de crescimento é baseada em um estudo, feito pelo Conselho
Internacional de Transporte Limpo (ICCT), junto a pesquisadores da Unicamp e USP,
com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A maior concentração de
novos empregos é prevista para o setor de serviços – técnicos, engenharia,
logística e comércio –, com cerca de 78,8% dos novos empregos,
seguindo também os setores manufatureiros diretamente ligados à produção dos
veículos, máquinas e equipamentos elétricos.
O levantamento busca mostrar que ao apostar na fabricação local de baterias e no desenvolvimento dos meios de serviços da eletromobilidade, o país pode garantir uma transição energética justa e acelerar o desenvolvimento de uma nova cadeia industrial.
Levantamento mostra maior
concentração no setor de serviços. Foto: Reprodução/ICCT
Fortalecimento do setor
Este potencial de geração de
empregos se deve a um aumento da demanda agregada e ao fortalecimento das
vendas de veículos elétricos a bateria e da expansão da produção nacional de
baterias automotivas. O mesmo cenário estima uma redução significativa de empregos
nos setores de produção de veículos a combustão e de autopeças.
O estudo também avalia que a
renda gerada (valor adicionado) no cenário de eletrificação é 85% maior que no
cenário atual, com distribuição mais favorável para salários (53%, contra 45%).
“As vendas de elétricos já
começaram a crescer no Brasil. Mas precisamos olhar também para os impactos
sociais e econômicos dessa transição”, afirma Marcel Martin, diretor-executivo
do ICCT Brasil.
Outro ponto importante está
no comércio exterior: segundo o estudo, sem políticas para fomentar exportações
de VEs, o Brasil pode perder até 14% do potencial de empregos. Mesmo assim, a
eletrificação ainda gera 88% mais empregos líquidos que o modelo atual. Entre
as soluções propostas estão incentivos fiscais, crédito à exportação e acordos
comerciais estratégicos, sobretudo com países da América Latina.
Confira a íntegra da pesquisa.
*Com informações do VE
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