Pressão alta: especialistas apontam vilões escondidos na alimentação do dia a dia
Pressão alta: especialistas apontam vilões escondidos na alimentação do dia a dia
Profissionais da Cardiologia
alertam quais são os piores alimentos para quem tem pressão alta
Por Elza Neves
A hipertensão arterial,
popularmente conhecida como pressão alta, segue como um dos principais desafios
de saúde pública no Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca
de 30 milhões de brasileiros convivem com a doença —
aproximadamente 25% da população — e que ela está associada
a 300 mil mortes por ano, principalmente por complicações
cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
Embora atinja majoritariamente
pessoas da terceira idade — grupo que concentra cerca de 50% dos casos —, a
hipertensão não escolhe faixa etária. Crianças e adolescentes também podem
desenvolver a condição, representando cerca de 5% dos pacientes, o
que acende um alerta para a importância da prevenção desde cedo.
Segundo a cardiologista Dra.
Gabriela Carneiro, um dos grandes perigos da doença é o fato de ela ser
silenciosa.
“A hipertensão arterial não
apresenta sintomas que permitam antecipar o diagnóstico. Por isso, a prevenção
é ainda mais importante. A doença pode surgir em crianças, adultos e idosos e
exige acompanhamento médico frequente”, explica.
Alimentação vai além do sal
Dados do Vigitel 2023 apontam
que 27,9% da população brasileira é hipertensa. Mesmo sem
sintomas aparentes, a alimentação exerce papel decisivo no controle da pressão
arterial. E, ao contrário do que muitos pensam, o cuidado não se resume apenas
à redução do sal de cozinha.
Especialistas em Cardiologia
ouvidos pela reportagem listam os principais vilões alimentares para
quem tem pressão alta:
Sal e excesso de sódio
O sódio é essencial ao
organismo, mas em excesso provoca retenção de líquidos, aumento do volume de
sangue nas artérias e maior esforço das paredes dos vasos sanguíneos — fatores
que elevam a pressão arterial.
O problema vai além do saleiro: grande parte do sódio consumido está escondida
em alimentos industrializados, como temperos prontos, enlatados e
congelados.
A recomendação é não
ultrapassar 2 gramas de sódio por dia, o equivalente a cerca
de 5 gramas de sal.
“Dietas ricas em sal e calorias,
aliadas ao sedentarismo e à obesidade, aumentam o risco de hipertensão e
provocam alterações no sistema cardiovascular”, afirma o cardiologista Daniel
Branco, professor da Universidade Santo Amaro (Unisa).
Embutidos e carnes processadas
Presunto, salame, mortadela,
salsicha e linguiça concentram grandes quantidades de sódio e conservantes. O
consumo frequente sobrecarrega o sistema cardiovascular e dificulta o controle
da pressão. Carnes frescas, ovos e preparações caseiras são alternativas mais
saudáveis.
Refrigerantes, enlatados,
presunto, salame, mortadela, salsicha e linguiça concentram grandes quantidades
de sódio e conservantes.
Comidas congeladas e prontas
Lasanhas, pizzas congeladas,
nuggets e refeições industrializadas costumam ter excesso de sal, gordura e
aditivos químicos. Esse conjunto representa um risco ainda maior para pessoas
com histórico familiar de hipertensão.
Alimentos enlatados e em
conserva
Milho, ervilha, palmito,
azeitonas e atum em lata ficam armazenados em líquidos ricos em sódio. Sempre
que possível, o ideal é optar por versões frescas. Quando não houver
alternativa, lavar bem o alimento antes do consumo ajuda a reduzir parte do
sal.
Frituras, fast-food e bebidas
adoçadas
Batata frita, hambúrgueres,
salgadinhos e fast-food dificultam a circulação sanguínea devido ao alto teor
de gordura e sal. Refrigerantes e bebidas adoçadas também merecem atenção: além
do açúcar em excesso, muitas contêm sódio, contribuindo para o aumento gradual
da pressão arterial.
Doces e ultraprocessados
Biscoitos recheados, bolos
prontos e sobremesas industrializadas reúnem açúcar, gordura e sal em
um único produto.
“Devemos evitar ao máximo os
ultraprocessados. Alimentos como bacon, salsicha e carnes vermelhas ricas em
gordura favorecem o acúmulo de gordura abdominal e prejudicam a saúde
cardiovascular”, explica a nutricionista Cynthia Távora, de
Fortaleza (CE).
Caminho mais seguro para o
coração
A orientação dos especialistas é clara: priorizar alimentos frescos, preparados em casa, e utilizar temperos naturais como ervas, alho, cebola, limão e especiarias. Associar uma alimentação equilibrada a hábitos saudáveis — como atividade física regular e acompanhamento médico — é fundamental para manter a pressão sob controle e proteger o coração.
Fonte: Elza Neves/agendacapital.com.br









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