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Olimpíada do Conhecimento começou

Evento será de quinta a domingo, no Centro Internacional de Convenções do Brasil; entrada é gratuita.

(*) Marília Marques

De quinta-feira (5) a domingo (8), Brasília será mais uma vez palco da Olimpíada do Conhecimento. Esta é a 10ª edição do evento, considerado a maior competição de educação profissional das Américas.

Toda a programação ocorre no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), no Setor de Clubes Sul. A entrada é gratuita.

Neste ano, está previsto um ciclo de palestras com nomes da moda e gastronomia, além de bate-papos sobre transformação digital, comunicação no YouTube, educação no futuro e empreendedorismo na internet. Entre os nomes convidados, estão Alexandre Herchcovitch, Henrique Fogaça, Leandro Karnal e Luiz Felipe Pondé (veja lista completa).

Ao longo dos dias, a Olimpíada terá dois ambientes:

         A Cidade Inteligente, para demonstrar as tecnologias que promovem o uso eficiente de recursos e podem melhorar a qualidade de vida das pessoas;

         A Escola do Futuro, com o objetivo de desenvolver em estudantes as competências e habilidades para lidar com a indústria 4.0, que usa conceitos de sistemas ciber-físicos, internet das coisas e computação em nuvem.

Para participar das palestras, é necessário se inscrever com antecedência no site do evento. O acesso aos outros ambientes será feito após credenciamento no local.

Antes da abertura, a reportagem percorreu a área de 25 mil metros quadrados e conferiu as novidades tecnológicas desta edição. As inovações vão desde equipamentos que podem ser usados em casa – como um espelho virtual que ajuda a escolher a melhor roupa para sair de casa – a carros elétricos, robôs que dão dicas de saúde e uma casa tecnológica para os pets.

CICB, em Brasília, onde ocorre a 10ª Olimpíada do Conhecimento

Inteligência artificial

Uma das atrações da Olimpíada do Conhecimento é o Centro de Saúde do local. No espaço, uma série de equipamentos dão ideia de como a tecnologia pode ser aliada a tratamentos de saúde. É o caso do robô Nao.

Desenvolvido por uma startup em São Paulo, a máquina que fala e responde a comandos humanos foi desenvolvida para servir como uma espécie de "médico virtual".

O robô articulado responde a comandos de voz e dá dicas de como a pessoa pode, por exemplo, se prevenir de uma gripe.

Robô Nao é usado em rede de hoteis para receber hóspedes ou em casa, para dar dicas de saúde

Apesar de não dar diagnósticos, a tecnologia tem o objetivo de aconselhar os usuários a ter melhores condições de saúde e também a procurar o especialista correto. Disponível para aluguel, o equipamento pode servir também para fazer check-ins e check-outs em recepções de hoteis. À venda, ele chega a custar US$ 9 mil.

Segundo um dos desenvolvedores, o programador Vinícius Ribeiro, o próximo passo é o aperfeiçoamento da tecnologia para o robô servir de "companheiro" a crianças com dificuldades de interação, como no caso das diagnosticadas com autismo.

Castelo para pets

Um projeto desenvolvido por duas estudantes de Sobradinho, no Distrito Federal, espera ser uma espécie de "castelo para cães". O protótipo é uma casa inteligente voltada para o conforto e segurança dos pets.

"Pesquisamos o conceito de internet das coisas para desenolver a casa. Nela, o meio material físico se interliga ao meio virtual", explica Júlia Santos, de 18 anos. A estudante do ensimo médio desenvolveu o equipamento em parceira com Mariana Silva, da mesma idade.

Estudantes de Sobradinho são as idealizadoras da casa inteligente para cães

A ideia, segundo elas, é de que o dono dos animais consigam monitorar os cães de onde estiverem. Por meio da internet, é possível acionar mecanimos para troca de água, ração e até de ar fresco para controlar a umidade e temperatura do ambiente. Tudo é feito por meio de sensores.

A tecnologia desenvolvida pelas jovens ainda não está à venda. Ao G1, elas disseram que pretendem aperfeiçoar o projeto e adaptá-lo a novos tamanhos de cães e gatos.

Carro elétrico a R$ 25 mil

Um carro movido a energia elétrica é o projeto apresentado pelo grupo de oito funcionários do Senai no espaço de Cidades Inteligentes, da Olimpíada do Conhecimento. O veículo, com quatro baterias, foi criado para ser um automóvel compartilhado.

Parte da equipe que desenvolveu o carro elétrico; veículo tem autonomia de 80 km e carrega em até 4 horas

Em um aplicativo de celular, o usuário pode escolher o carro e saber onde há um veículo mais próximo. Desde a base, o motorista pode dirigir por até 80 quilômetros sem precisar recarregar. Depois do uso, a devolução pode ser feita em outra estação. O sistema, segundo os desenvolvedores, é semelhante ao de compartilhamento de bicicletas.

Se a bateria acabar, é possível recarregar o veículo em uma tomada comum. A carga fica completa com até quatro horas de alimentação. A velocidade média é de 50 km/h. O preço de venda, segundo os desenvolvedores, seria de R$ 25 mil.

carro elétrico exposto na 10ª edição da Olimpíada do Conhecimento, em Brasília

Casa conectada

A Olimpíada do Conhecimento reservou um espaço para mostrar que a tecnologia e elementos da indústria 4.0 também podem estar no dia a dia de uma família comum.

No local, a organização criou a "casa inteligente", um espaço com as mesmas divisões de uma residência comum, mas com o diferencial de ser totalmente automatizada.

Na sala, um equipamento que atende a comandos de voz responde a qualquer pergunta feita, desde que em inglês. O mesmo equipamento é responsável por ligar ou desligar luzes e alarmes da casa e a controlar a TV. Sem precisar apertar qualquer botão, o usuário pode pedir um filme ou para o equipamento mudar sozinho de canal.

No banheiro, a tecnologia foi usada no espelho e vaso sanitário. Um projeto fez com que a superfície do espelho se tornasse conectada à internet. Com alguns toque na tela, ao mesmo tempo em que se escova os dentes e se maquia, o usuário pode colocar um vídeo para rodar ou pesquisar tutoriais de moda.

Visitantes conferem o espelho virtual no banheiro da casa

No vaso sanitário, uma adaptação bem procurada pelos visitantes é a que permite aquecer a tampa do vaso, jorrar jatos de água quente para higiene íntima e até lançar um ventinho para secar quem estiver sentado. Em outro botão, é possível levantar ou abaixar a tampa da privada.

No quarto, outro espelho virtual ajuda o usuário a escolher a melhor roupa para sair de casa. Sem precisar tirar a peça do armário, é possível simular como a roupa fica no corpo e fazer as combinações necessárias.

Espelho virtual que simula a combinação das peças de roupas

Faixa de pedestre

Para quem já é viciado em tecnologias e smartphones, por exemplo, a proposta da vez é uma faixa de pedestre com sensores que emitem som, mudam de cor e piscam caso o usuário queira atravessar no momento errado.

Segundo o desenvolvedor do projeto, o engenheiro eletricista Fábio Lima de Deus, a ideia é de despertar a atenção de quem vai atravessar a rua usando celulares, por exemplo. Ao passar em um momento inapropriado, o sensor faz as cores piscarem e, assim, chama a atenção de quem está com os olhos voltados para o aparelho.

"Queremos evitar acidentes com aqueles usuários que passam usando os celulares e não prestam atenção às cores. Eles olham mais pro chão do que pra frente e, por isso, a luz do chão é a que acende", explica.

"Trouxemos a ideia para aplicar em Brasília. O piso tem luzes de LED e depende do esforço de cada estado para aplicar. Levando em conta a redução de acidentes, é possível chegar em bom retorno com esse projeto", diz o engenheiro.

Olimpíada do Conhecimento

Quando: 5 a 8 de julho
Local: Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB)
Entrada gratuita
Inscrições na página do evento.

Fonte Marília Marques ( texto & fotos) / G1 DF

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