Órgãos do governo se uniram à iniciativa privada para elaborar um novo decreto.
Governo e empresas se unem
por um novo decreto de compensação florestal
Intenção é baixar
custos de execução e recuperar áreas de vegetação nativa degradadas
A compensação florestal é um mecanismo que funciona como uma
contrapartida paga pelo empreendedor por impactos ambientais causados ao meio
ambiente, por ocasião da implantação de um empreendimento. A lei diz que, quem
causa um dano precisa compensar restaurando ou conservando uma área.
A atual legislação de compensação florestal do Distrito
Federal é antiga, tendo sido escrita em 1993. “De lá para cá o decreto se
mostrou bastante ineficiente. Primeiro porque é caro ao obrigar que para cada
árvore suprimida, sejam plantadas 30 e, segundo, porque exige que seja paga
apenas com o plantio de mudas”, explica o advogado e ex chefe da assessoria
jurídica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal, Raul
Telles.
Atualmente, o método mais utilizado é o plantio de mudas e,
segundo Telles, muitas vezes não é efetivo para a real recuperação da área
desmatada. “A legislação diz que o empresário deve plantar as mudas e cuidar
delas por dois anos. Esse prazo é ineficiente para que elas possam se desenvolver,
mais do que isso, para que elas possam de fato restaurar a área”, afirma.
Na intenção de recompor áreas degradadas e implementar
técnicas mais eficientes e métodos inovadores, membros do governo, da academia,
de órgãos públicos federais, setor empresarial e associações uniram-se para
criar uma nova proposta de Decreto de Gestão Florestal. “Ela é mais efetiva do
ponto de vista ambiental, pois garante que a compensação possa ser efetivada
com a conservação de áreas que poderiam ser desmatadas”, esclarece o advogado.
A nova proposta elimina a obrigatoriedade de compensação por
meio do plantio de mudas e abre a possibilidade de adoção de técnicas mais
baratas, fator que seria um grande atrativo para os empresários que precisam
pagar as compensações. “O mecanismo propõe o uso inteligente e eficaz dos
recursos de compensação florestal, além da viabilidade econômica para a empresa
que o aplica”, declara o diretor-presidente da Urbanizadora Paranoazinho –
UPSA, Ricardo Birmann. A Urbanizadora foi uma das empresas que participou das
discussões do Fórum Aliança Cerrado sobre o decreto.
Outra mudança é a criação de indicadores que provem que a
área foi realmente recuperada. “A restauração será avaliada pelos resultados
reais e não pela promessa. Com a mudança dessa legislação teremos um avanço que
é exemplo para o resto do mundo”, declarou a pesquisadora da Embrapa Giselda
Durigan. Além disso, as compensações estarão atreladas a áreas prioritárias. “A
compensação deverá ser paga sempre com a conservação ou recuperação de uma área
nativa. Ela não se confunde com a área verde de um condomínio, por exemplo”,
explica a pesquisadora.
Para a sociedade o maior benefício dessa mudança será poder
ver as áreas que antes estavam degradadas voltarem a ser Cerrado e, em tempo de
crise hídrica, ter a recuperação de nascentes e cursos d’água. “A população do Distrito Federal terá muitos
ganhos com o novo decreto. Nós queremos ter ecossistemas recuperados, que
possam prestar os mesmos serviços que foram perdidos na área que foi
desmatada”, finaliza Raul Telles.
(*) Fonte: Karolina Kopko - Assessora de Comunicação/ www.santafeideias.com.br





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