LUZ SOLAR
Horário de verão pode ser
proibido em todo o país
A extinção
em definitivo do horário de verão em todo o território nacional está sendo
analisada na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado. A proposta (PLS
438/2017) é do senador Airton Sandoval (MDB-SP) e está sendo relatada pelo
senador Valdir Raupp (MDB-RO).
Sandoval
questiona a alegação de que, ao se adiantar o horário legal em parte do
território nacional, proporciona-se maior aproveitamento da luz solar, o que
reduz o uso de energia com iluminação artificial. Para o senador, essa
tese não sobrevive a uma análise
econômica mais ampla. Na justificativa do projeto, ele cita vários estudos
feitos em países diversos que vinculam a adoção do horário de verão com o desenvolvimento
de doenças e problemas de saúde, como aumento de infartos do miocárdio, aumento
da pressão arterial e agravamento do diabetes mellitus tipo 2.
Segundo o
autor, a privação do sono causada pelo horário de verão tem vários efeitos:
irritabilidade, comprometimento cognitivo (aprendizagem), perda ou lapsos de
memória, comprometimento do julgamento moral (que levaria à prática de crimes),
sonolência, bocejos, alucinações, comprometimento do sistema imunológico,
agravamento de doenças cardíacas, arritmias cardíacas, redução no tempo de reação
(causa acidentes no trânsito), tremores, dores, redução da precisão (leva a
acidentes de trabalho), aumento dos riscos relacionados com a obesidade e
supressão do processo de crescimento (em adolescentes).
Neste ano, o
horário de verão está previsto para começar em 4 de novembro, um fim de semana
após o segundo turno das eleições, marcado para 28 de outubro. Até o ano
passado, o início da mudança de horário era em outubro, mas um pedido do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez com que o presidente Michel Temer
editasse um decreto alterando para novembro, com intuito de evitar atrasos na
apuração dos votos e na divulgação dos resultados do pleito.
O ajuste nos
relógios vale para as Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) e vigora até
17 de fevereiro do ano que vem.
O projeto
será analisado também pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), cabendo à última a decisão terminativa.
Fonte: Marcos Machado /
Doplenário.com.br - Foto: Roque de
Sá/Agência Senado
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