ARTE & CULTURA por Emicles NOBRE
REINVENTAR-SE!
Um cearense convertido
em candango, margeando o lago Paranoá
NOBRE |
Nada
comparado a arte, tem força necessária para contrabalançar com o negativismo
dessa epidemia que se espalha com muita velocidade e, toma conta do imaginário
das pessoas. São muitas informações desconfortáveis que surpreendem a sociedade
a todo momento, comprometendo até a vida. O Covid-19. Não é magia, se fizermos
o que manda a vigilância sanitária, saímos dessa ilesos.
O mundo
necessita de algo maior para conectar à mente humana, não é admissível conviver
com esse medo que apavora, causando tanto mal. Vejo a arte como instrumento
transformador. Visualizar e entender uma
peça artística faz bem para o relax da alma.
Reinventar-se
Nobre,
acredita nesse propósito e, lembra-se de um personagem popular, plural,
conhecido internacionalmente através dos repentistas trovadores que cantam e
dançam reverenciando seu ídolo maior:
Cordel, que graciosamente transmite alegria e paz ao povo que
orgulhosamente se familiariza com a cultura popular nordestina, fazendo jus a
literatura de cordel, presente no cenário mundial.
Com essa
mesma alegria dos repentistas: Emicles Nobre, constrói personagens do
figurativo exótico, para lembrar os caminhos percorridos por Cordel, que podem
contribuir muito nessa hora do Isolamento social, é provisório, mas necessário: faz bem à saúde.
As telas
pintadas pelas mãos do artista que se esmera para proporcionar o melhor de si,
pode fazer a diferença no reinventar-se.
O artista
faz uso da linguagem contemporânea, configurada na literatura de cordel, para
transportar um pouco desse amor cearense que também é candango, porque muitos deles
vieram para ajudar na construção de Brasília, aqui se encontraram unindo-se e,
formando uma grande família.
Quando eu
digo: estava margeando o lago Paranoá, cuidadosamente estava procurando a brisa
das águas tímidas que respira o ar fresco da natureza, no lago que coleciona
belezas naturais.
Margeei o
lago e, pude constatar: um turismo alegre, gente feliz, navegando em barcos sofisticadíssimos,
Vislumbrei–me com as paisagens naturais e, me aproximei de um número expressivo
de pessoas fazendo caminhadas, momentos agradabilíssimos. Aqui no planalto
central, tem tudo que a gente deseja e quer para viver bem.
Tudo que
presenciei de bom nessa minha trajetória, reverte-se em torno do: Reinventar-se
Porque não
colocarmos em prática coisas engraçadas pelas quais podemos contribuir com
distração, para ajudar a passar o tempo no isolamento; qualquer fantasia ou
palavra de origem curiosa e engraçada, movimenta o repertório que pode se
estender facilitando a oratória.
Por Exemplo:
Quantas
vezes sorrimos, sem achar graça?
Eu me vi
orgulhoso de ser, o que não era,
Quem tudo
quer, nada tem...
Amigos, não
é quantidade, é qualidade!
Eu produzia
meus versos, para mim mesmo sussurrar...
Vivi um
tempo sem pressa de chegar,
Um dito
popular diz que: pau que nasce torto morre torto.
A minha
namorada que eu imaginava, ela não sabia,
Falava sozinho,
e não sabia o que dizia,
Ignorar o
passado, é reviver o presente com pesadelo.
Segredar
erros, pode causar tempestade no futuro.
Ser sensato,
tem o seu a preço garantido.
Melhor ficar
sem fazer nada do que andar à toa, procurando o que?
Quem tem
pressa come cru.
Só entra na
chuva quem quer se molhar,
Não diga o
que não sabe, para não ouvir o que não deve.
Bandido bom,
já nasce morto.
É melhor
ficar sozinho, do que mal acompanhado.
Bem com ela,
mal sem ela.
Os justos
pagarão pelos erros dos injustos.
Como dizia o
bom entendedor: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
Assim eu
passava os dias contabilizando: o que? Pra que? Sem saber o que fazer, mesmo
assim era feliz e, não sabia...
Quando
ficamos sem horizonte, o melhor que podemos fazer é: reinventar-se.
Por: Júnior Nobre/JS - Fotos: Eduardo Nobre/JS
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