CIDADANIA / SOCIAL
A alegria de fazer uma refeição a R$1
Foram
estabelecidas medidas de prevenção ao Covid-19 para maior segurança do público,
como o uso de máscara, distanciamento entre os assentos
Nessa quarta-feira
(18), os 14 restaurantes comunitários do Distrito Federal reabriram para
refeição no local, depois de 5 meses de portas fechadas. Foram estabelecidas
medidas de prevenção ao Covid-19 para maior segurança do público, como o uso de
máscara, distanciamento entre os assentos e higienização das mãos com álcool em
gel.
A reabertura dos
restaurantes marca uma fase de alegria para os funcionários e cozinheiros que
passaram 5 meses sem ter contato direto com a população, e agora, sentem que a
rotina de trabalho pode começar a voltar ao normal. Desde março deste ano, as
unidades funcionavam apenas para a retirada de marmitas, com o intuito de
conter a disseminação do vírus na capital.
Em Sobradinho II, o
fluxo de pessoas foi pequeno no primeiro dia: às 13h30 havia cerca de 15
pessoas sentadas e 23 pessoas na fila de entrada. Trabalhadores e famílias eram
maioria. Maíra, mãe de 3 crianças e moradora da cidade, sempre frequentou o
restaurante e voltou à unidade no dia de reabertura para buscar as marmitas do
dia: “Busquei a comida para almoçarmos em casa, porque mesmo com as medidas de
distanciamento evitamos ficar em lugares onde muitas pessoas frequentam”.
André é vendedor
ambulante de doces em Sobradinho e afirma: “Venho vender e acabo almoçando aqui
todos os dias, me ajuda muito”. Ele se instala na frente do restaurante de
domingo a domingo enquanto o local permanece aberto e depois parte para outros
pontos.
Célia, outra
moradora da cidade, também foi até o estabelecimento com a filha e a mãe para
comer, contudo, relatou um problema: “A comida continua salgada, o frango não
estava bom e o atendimento foi complicado”. Célia contou que costuma ver as
pessoas ficarem muito tempo na fila, debaixo do sol, esperando para entrarem no
restaurante. Ela explicou que muitas vezes, quando conseguem entrar, a comida
já acabou.
A Secretaria de Desenvolvimento
Social do DF explicou a redação que, em virtude da obediência rígida às
regras e protocolos de prevenção à Covid-19, “ pode ser que o atendimento fique
um pouco mais moroso”. A pasta complementou que vai analisar a reclamação em relação
à qualidade da comida e a falta dela em algumas unidades, mas enfatiza que
essas queixas não são recorrentes, e a quantidade leva em consideração a média
diária de público em cada local.
Existem 14
restaurantes comunitários no Distrito Federal: Brazlândia, Ceilândia,
Estrutural, Gama, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo
II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho e Sol Nascente.
O horário de
funcionamento vai das 11h às 14h e pessoas em situação de rua – atendidos pelo
Serviço Especializado de Atendimento Social (Seas) – não precisam pagar para se
alimentar. Cada dia da semana tem um cardápio específico, que abrange
proteínas, guarnições, acompanhamentos, sobremesas e bebidas.
Fonte: Elisa Costa/Jornal de Brasília
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