Distrito Federal se destaca na exportação de carnes, sorgo e morangos frescos
Distrito Federal se destaca na exportação de carnes, sorgo e morangos frescos
Apesar de responder por uma pequena fatia do comércio exterior nacional (apenas 0,1% das exportações e 0,6% das importações do Brasil), o Distrito Federal tem se destacado em nichos específicos
O DF é o
terceiro maior exportador de morangos frescos do país
O Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, divulgado
pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), aponta que a capital
registrou uma redução de 73,7% no déficit da balança comercial no primeiro
trimestre de 2024, atingindo US$ 285,6 milhões, em comparação ao mesmo período
de 2023. Essa diminuição reflete uma desaceleração na corrente de comércio
internacional da região, com quedas expressivas tanto nas exportações quanto
nas importações. As exportações totalizaram US$ 49,6 milhões, o que representa
uma queda de 51,8% em valor e 45,6% em volume, enquanto as importações somaram
US$ 335,1 milhões, com destaque para as compras públicas do governo federal.
Apesar de responder por uma pequena fatia do
comércio exterior nacional (apenas 0,1% das exportações e 0,6% das importações
do Brasil), o Distrito Federal tem se destacado em nichos específicos. A
capital se posicionou como o terceiro maior exportador de sorgo para semeadura
e de morangos frescos, além de ocupar a nona posição nas exportações de carnes
congeladas de aves. Por outro lado, o DF ainda tem participação limitada na
exportação de produtos como soja e milho, que são de grande relevância para a
economia local.
A diretora de Estatística e Pesquisas
Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, destacou o papel estratégico do
levantamento: “O boletim reforça nosso compromisso de fornecer informações
relevantes para tomada de decisões estratégicas no âmbito do DF e será uma
ferramenta útil para compreender a posição da capital federal no comércio
internacional.”
A indústria de transformação foi a principal responsável pelas exportações (78,9%) e importações (99,8%) do DF, com destaque para o aumento nas importações de produtos agropecuários, que subiram 168% em relação ao ano anterior. No entanto, o setor agropecuário representou uma fatia menor nas importações (0,2%) e nas exportações (21,1%). Um dos produtos que se destacou foi a carne suína, com crescimento notável de 267,8% no valor das importações, o que indica uma mudança nas tendências de consumo e comércio do Distrito Federal.
A
exportação de carne de aves congelada é um dos destaques apontados no Boletim
do Comércio Exterior do Distrito Federal
Esse desempenho, no entanto, ainda encontra
desafios relacionados à diversificação da pauta comercial. Para a coordenadora
de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Adrielli Dias, é essencial
aproveitar as oportunidades reveladas no boletim: “Compreender a dinâmica do
comércio exterior do DF é fundamental para orientar estratégias de integração
internacional, buscando ampliar a competitividade em nichos específicos e
superar os desafios estruturais para diversificar a pauta comercial.”
O mercado externo do DF também registrou uma alta
de 3,72% no índice geral de preços das commodities, com exceção da soja, que
sofreu quedas no período. A taxa de câmbio também influenciou esse cenário, com
o real se desvalorizando frente ao dólar, o que favoreceu as exportações, mas
aumentou o custo das importações.
*Fonte: Jornal de Brasília com informações da Agência Brasília, Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília & Foto: Arquivo/ Agência Brasília
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